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Conto - Mistérios na Cidade 7.3

03 dezembro 2011


7.3 Visita ao Bar

Conversavam e olhavam ao redor. Faziam piadas sobre quem estava em volta. Arriscando quem poderia ser a pessoa que procuravam. Paula apontou para um senhor de mais idade e meio calvo e falou baixinho.

- Com certeza é ele.

- Não consigo imaginar esse cara batendo em alguém.

- Eu também não...

Tudo ia mal e já pensavam em ir embora. Tinham que ficar pedindo coisas para comer e beber, afinal não queriam que desconfiassem de nada. Só que o dinheiro que traziam com eles era limitado. Não podiam ficar gastando como dois Cashers que tinham a cidade aos pés. Ainda mais que o fim do mês estava próximo.

- Acho que ele não vem. Não que agente tenha marcado nada, né.

- Tô achando que você tá certa... - fez uma pequena pausa para pensar - Acha que devemos pagar a conta?

- Agora acho melhor esperar.

- Que?

- Esperar aqueles caras saírem...

Apontou para um ponto nas costas dele, mais ou menos na direção da porta.

- Não se vire. - falou em um tom baixo. Abaixou mais ainda a voz e continuou. - São motoqueiros eu acho.

“Acho?” Pensou Alpha. Eles são inconfundíveis, então não havia como ela estar enganada. Foram em direção a um cara que jogava sinuca. Ele estava de costas, então o motoqueiro que vinha à frente colocou a mão no ombro do rapaz e começou a puxá-lo, para fazê-lo se virar. Nesse momento algo muito estranho aconteceu. O agressor retirou a mão rapidamente como se tivesse encostado em algo quente. O rapaz se virou para encarar os recém chegados.

- Acho que encontramos nosso “intocável”.

Alpha não conseguiu resistir e se virou para acompanhar a cena, mas a essa altura todo o bar já olhava para o estranho grupo que se reunia perto da mesa de sinuca que se encarava. Fez-se um silêncio agourento, daqueles que sempre precedem alguma coisa ruim. Até que o intocável falou.

- Não vou voltar a me juntar aos motoqueiros e vocês sabem que não conseguem me obrigar.

Disse isso com um pequeno sorriso nos lábios. Era corajoso, sem muito juízo, mas corajoso. O motoqueiro não quis estender a conversa e deu um soco no rosto do intocável. Algo ainda mais estranho aconteceu quando a poucos milímetros do alvo a mão parou no ar. O motoqueiro caiu no chão gritando de dor. Seu braço estava vermelho, inchando e com bolhas. Como se tivesse se queimado.

- É com certeza é ele.

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