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Resenha - Jogos vorazes

21 março 2012



Aproveitando o filme (que ainda não saiu enquanto eu escrevo isso) vou falar um pouco sobre o primeiro livro dessa série que gosto muito. Na verdade até pouco tempo nunca tinha ouvido falar, se me lembro bem o primeiro contato que tive foi com o trailer do filme. Li uma rápida sinopse e dezenas de resenhas. Fui gostando mais e mais até resolver comprar (graças a uma promoção na internet) os três livros de uma vez.

O primeiro livro me pegou desprevenido pela facilidade de fazer você se emocionar (afinal são crianças indo para a morte e isso é triste). Logo no início em que você nem conhece direito os personagens e a Katniss se oferece para ir no lugar da irmã eu pensei "nossa". Sendo que eu já sabia que isso aconteceria (afinal tinha lido bastante coisa sobre o livro e visto o trailer do filme...) e mesmo assim fiquei emocionado.

Acredito que essa seja a maior qualidade do Jogos Vorazes (da série toda na verdade) esses momentos em que você pensa "nossa". Afinal os diálogos não são nada demais, a narrativa é normal e a distopia usada não é tão inovadora, mas o livro consegue te emocionar em vários momentos e normalmente inesperados. A diferença real disso é que em outros livros esses momentos "nossa" acontecem mais pro final e somente nele (quando acontecem).

Apesar da distopia não ser tão original assim hoje em dia, tem uma coisa que é inegavelmente original. Tão original que é o que dá título ao livro: Jogos Vorazes. Os jogos vorazes são a visão distópica de um Reality Show. A volta dos gladiadores em prol do entretenimento das massas. Somando a isso o fundo político, os participantes (chamados de tributos no livro) vem dos distritos subjugados pela capital tirânica, fica ainda mais clara a semelhança com Roma e os gladiadores antigos. Como é um reality show (coisa que estamos acostumados) tudo é filmado o tempo todo, editado e colocado na tv da maneira que melhor convém à Capital. Tudo isso deixam os jogos vorazes mais críveis.

Os personagens não são aquele primor, mas talvez isso se deva a narração em primeira pessoa do ponto de vista da Katniss, levando ela a ser melhor desenvolvida do que os outros. Peeta ainda consegue se salvar devido ao longo tempo que os dois passam juntos e acaba se mostrando muito através dos diálogos, mas todos são bem divididos entre bem e mal, não tendo muitos "tons de cinza" (ao menos nesse primeiro livro).

Livro muito bom. A melhor coisa foi que eu li sem muitas expectativas e me deparei com coisas que eu não só não esperava, assim como gosto (gosto de livros que conseguem passar alguma emoção). Poderia ser melhor se explorasse mais a dualidade dos personagens, mas no fim isso não prejudica tanto assim a história que se complica muito mais nos livros seguintes.

Nota: 3,9

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