Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Conto - Mistérios na Cidade - Capítulo 2

06 agosto 2011



Capítulo 2 - Noite
@Tomás vamos? vamos? vamos?
@ALpHa sim. sim. sim.
@Pê Qual é a boa @JP?
@JP BARzin e depois pra Cyberia.
@ALpHa Lá só toca trance.
@Pê fechado.
@JP certo. saindo.
@ALpHa horário?
@Pê daqui a uma hora. fui.
@ALpHa Té mais.
@Tomás Conte comigo!
---
2.1 Saindo
Tomas não se aguentava de expectativa, na verdade não se importava verdadeiramente com a noite ou com a diversão, talvez se importasse um pouco com as garotas, mas isso não era o principal. O que estava guiando Tomas era sua curiosidade, o desconhecido e a frase de Alpha... “Mas tem outras lendas urbanas por ai, até mais interessantes do que ele Tomas.”

Se o Lutador, coisa que ele achara incrível, nem era o cara mais incrível, imagine só quem seria. Tomas queria descobrir tudo o que fosse possível. Sua principal idéia era que se ele não sabia de nada até ontem, imagine quantas pessoas mais não saberiam e imagine o que mais estaria escondido pela cidade. Ele precisava descobrir.
Para registrar tudo ele começou um blog na internet. Basicamente seria por meio desse blog que dividiria tudo com o mundo, isso é claro, se ele encontrasse alguma coisa.
Terminou o primeiro post e clicou em publicar. Foi nessa hora que a campainha tocou e ele saiu esperando encontrar alguma coisa.
2.2 O Primeiro Post
Olá a todos,  eu sou Tomas e vou guiar você pela noite de nossa cidade. Não estou falando de boates e festas, talvez disso também, mas esse não é o foco.
Estou falando de Lendas urbanas senhores, estórias que nós achamos ser simplesmente inventadas por alguém. Eu vou contar pra vocês quais são verdadeiras e quais são falsas.
E é claro dividir minhas frustrações quando não encontrar nada.
obs.: se alguém já ouviu falar do Lutador... ele existe de verdade.
Até a próxima.
2.3 No Bar
Eles chegaram no bar e começaram a beber e conversar. Não demorou muito e chegou JP e mais uma pessoa que Tomas não conhecia. Foram rapidamente apresentados e ele descobriu que seu nome era Lúcio e que ele era uma espécie de filósofo dos novos tempos, apesar de não saber o que seria isso exatamente Tomas permaneceu calado e acenou com a cabeça, tentando passar a impressão de que tinha compreendido.
- Ele é gente boa Tomas, mas cuidado para não conversar muito com ele. Ele pode acabar te convencendo de que você não existe ou coisa parecida...
Foi o aviso que Alpha passou para ele ao pé do ouvido, que não serviu para muita coisa, já que agora ele entendia menos do que antes.
Como Tomas estava ali para registrar os acontecimentos resolveu que não beberia nada alcoólico, o que logo chamou a atenção de todos.
- Bebe um pouco cara.
- Não precisa exagerar é só pra experimentar.
- Tô aqui com você cara o que você acha que pode acontecer?
Nesse momento Tomas se lembrou das palavras de Paula, nunca é bom chamar atenção, ainda mais se ele queria observar tudo.
Foi mais ou menos nessa hora que Lúcio resolveu intervir.
2.4 Lúcio fala
- Meu rapaz está vendo esse copo? - passou o braço em volta do pescoço de Tomas, colocou seu rosto ao lado do dele e levantou um copo cheio de vinho na frente do dois - Ele está repleto de coragem líquida. Eu imagino que você deve ter de sobra, mas um pouco a mais nunca é demais. Digo que se pudéssemos pegar a coragem nas mãos e liquefazê-la obteríamos o que está dentro desse copo agora. Posso te dizer que não é só suco de uva que tem aqui...
- Meio estranho isso. Achei que aí só tivesse vinho.
- Não é apenas isso rapaz. Olhe com mais atenção. - fez uma pausa para que Tomas olhasse o copo - É o soro da verdade. Devo dizer que, vamos colocar assim, de “cara limpa” eu não falaria isso que estou falando para você agora, mas com um pouco de coragem líquida eu consigo ver a verdade e dizer o que estou vendo.
Nesse momento ele colocou o copo na mesa e virou Tomas para o resto do bar.
- Olhe como o mundo é falso. Está vendo aquela mulher ali - e apontou discretamente - lindos seios não é? - Tomas balançou a cabeça - Quanto você acha que ela pagou por eles? Pagou para nos enganar, mas eu mostro a verdade para você. - apontou para outra mulher - Aquela maquiagem ali, outra enganação, mas nos falta coragem para não nos deixar iludir por esses truques.
Como argumento final ele voltou Tomas para a mesa e com uma voz o mais inocente possível disse:
- Nossa Paula, nunca tinha percebido que seus olhos são azuis...
E deixou sua voz morrer no ar.
- Não são. - foi Tomas quem respondeu.
Paula deu um leve sorriso ao mesmo tempo que Tomas dava um gole no copo de vinho que Lúcio o oferecera.
2.5 A Festa
A festa foi em uma espécie de sítio, muito espaço aberto, muita área verde, uma piscina e uma grande pista de dança armada nas proximidades. Muitas pessoas que Tomas nunca havia visto, Alpha cuidava disso tentando apresentar o máximo possível delas a ele, mas não havia ninguém realmente interessante.
Depois de um certo tempo JP ofereceu algum tipo de pílula à Alpha e Paula, ela aceitou e em seguida ele também. Tomas assistiu a cena e saiu de perto.
Aquilo sim era interessante, não para publicar no blog, mas para falar com eles mais tarde. Os amigos poderiam até acreditar que não, mas isso era perigoso. Tomas não sabia muito a respeito, mas não tinha dúvida de que isso era perigoso.
Tentou tirar esses pensamentos da cabeça e não estava conseguindo, até que viu uma garota dançando. Nesse momento ele conseguiu esquecer de tudo, até mesmo de que estava ali para conseguir material para o blog.
Ele foi se aproximando, ela olhou para ele, seus olhos eram castanhos, da cor de seu cabelo, ele estava imaginando o que iria dizer, quando a confusão começou.
- Briga! Briga!
- São os motoqueiros!
Ela tirou os olhos dele e correu. Depois todos estavam correndo. O garoto não sabia quem eram os motoqueiros, mas correu também. Tinha se afastado de Alpha e Paula e no meio da confusão não conseguia encontrar eles. O desespero cresceu e temeu pela segurança de seus amigos. Ele viu uma cadeira acertar a cabeça de um rapaz bem ao seu lado e começou a temer por sua própria segurança.
Foi nesse momento de desespero que Lúcio puxou ele pelo braço e falou:
- Vem.
- E a Paula e o Alpha?
- Eles sabem se cuidar!
E repetiu:
- Vem.
E vendo que o garoto não se mexia gritou:
- Rápido!
Com isso Tomas pareceu acordar e foi com ele. Pegaram uma trilha que contornava o lugar, em pouco tempo estavam longe dali, mas sem sinal de Alpha ou Paula.

0 comentários:

Postar um comentário