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[conto] Amanda VI (final)

17 abril 2010





Parte VI
(final)






6.1 Despedida






    Amanda se aproximou de Guy para verificar o seu estado. Em seu rosto havia várias queimaduras e escorria sangue do nariz que parecia estar quebrado. A roupa estava queimada em vários pontos, deixando visíveis hematomas em diversos pontos. A garota ficou preocupada com o estado do amigo, se sentou ao lado dele, apoiou as mãos em seu peito, fechou os olhos e se concentrou em sua melhora.



    - Obrigado senhorita. Você evoluiu muito durante o nosso caminho. Onde será que eu estava para não perceber?



    - Você esteve do meu lado o tempo todo. Muito obrigada, por tudo Guy.



    - Mesmo que não possa me ver, mesmo que eu não possa mais te responder eu estarei sempre a seu lado. Agradeço por me conceder essa honra senhorita.



    - Tenho certeza que ninguém seria melhor que você.



    Dizendo isso os dois se abraçaram longamente e por fim se beijaram. Quando se separaram se sentiram mais felizes do que jamais estiveram. Guy acariciou o rosto de Amanda e falou.



    - Infelizmente senhorita é chegada a hora do despertar.



    - Sim, cavalheiro.



    Dizendo isso colocou a mão no frasco com a memória de Guy e fechou os olhos. Quando os abriu novamente estava em seu quarto e ele não estava mais lá.






6.2 O Despertar






    Amanda se levantou completamente desperta. A tristeza da noite anterior se fora e tudo que a garota podia pensar era no estranho sonho que acabara de ter. Circulou pelo quarto e pousou os olhos em Guy, que a olhou de volta. A garota caminhou até ele, pegou o boneco em seus braços, se sentou na janela e ficou observando a rua enquanto pensava. De repente passou a mão pelo pescoço e pode sentir uma corrente que não estava lá quando fora dormir. Quando a puxou para ver reconheceu imediatamente o que era: o frasco com a memória de Guy. Teve certeza nesse momento que o sonho, por assim dizer, não fora apenas um sonho, tudo havia sido real, o que explicava a tranquilidade que sentia quando acordou.

    Abriu o frasco o mais rápido que pode e a memória saiu de dentro dele sem esforço ou dificuldade. A pegou na mão e assim que entrou em contato com a pele de Amanda ela se desfez e a garota pode visualizar tudo o que Guy passara na Cidade entre Mundos. Era incrível, mais até do que ele falara para ela. Cada Parte da cidade em um mundo, estava em vários mundos ao mesmo tempo, ao passo que nunca esteve em nenhum. Realmente era mágica.

    A garota ficou sentada abraçando o boneco e olhando a rua sem realmente ver o que se passava por lá. Estava perdida em pensamentos que voavam e alcançavam mundos distantes. Sentia falta de Guy. Assim a tarde passou e a noite foi chegando até que já era a hora de ir para a cama novamente. Ela sabia que não poderia ser assim no dia seguinte também, Guy sempre estaria com ela, mesmo que não pudessem conversar.

    Foi dormir e sabia que quando acordasse no outro dia não poderia continuar com aquele sentimento saudosista, teria de continuar a viver a vida, Guy viera até ela para a ensinar isso e não gostaria que ficasse triste daquela forma, precisava seguir em frente.

    Seguir em frente, essa era a idéia que dominava seus pensamentos quando fechou os olhos para dormir.






6.3 Seguindo em Frente





    Abriu os olhos e uma idéia pulou em sua mente. Seguir em frente. Era isso que precisava fazer e era exatamente isso que faria. Não tinha dúvidas de que podia fazer isso depois de tudo que passara, era capaz de tudo enquanto Guy estivesse do seu lado e ele estaria sempre a seu lado.


    Antes de fazer qualquer coisa se sentou na mesa do computador, o ligou e abriu o editor de texto. Escreveu o resto da manhã e na primeira linha se lia: "Guy e a Cidade entre Mundos". Era sua homenagem a ele por tudo que havia feito por ela.



    Depois disso não perdeu mais tempo chorando ou sentindo falta dele, mas sim recordando os bons momentos que tiveram juntos. Não tinha dúvidas de que momentos difíceis viriam, um dia os problemas a encontrariam, mas estava disposta a supera-los, sabia que seria capaz, nunca se abateria ou perderia a esperança de novo. Sabia também que momentos bons estavam por vir e Amanda aguardaria que chegassem em contida ansiedade, afinal não tentaria forçar a vida a seguir sua ordem natural, mas sim caminharia junto com ela.



    Sim. Estava seguindo em frente.







FIM

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