Recesso!!
21 dezembro 2011
Até lá!
L!nks #5
14 dezembro 2011
iTunes Store Brasil - Tecmundo
A outra notícia foi o novo trailer da incrível série da HBO Guerra dos Tronos (sim o nome ficou Guerra dos Tronos mesmo...). Tem uma página do Omelete com todos os vídeos e fotos, então recomendo que vá lá dar uma olhada...
Guerra dos Tronos trailer - Omelete
Então é isso o resto é o te sempre...
Editora Penguim compra 45% da Compania das Letras
Anote 2020: ninguém mais vai morrer no trânsito (ou não)
American Pie novo poster... tem gente que não desiste...
Thor 2 escolhendo diretor (de novo)
Biografia de Steve Jobs vendendo horrores! (como era de se esperar)
Gráfico mostrando o percentual de impostos nos produtos da maça...
Cadaná abandona protocolo de Kioto pra não pagar multa... O.O''
(Poesia) Objetivos
11 dezembro 2011
Conto - Mistérios na Cidade 7.4
10 dezembro 2011
L!nKs #4
07 dezembro 2011
Redução de impostos sobre jogos (finalmente!!)
Tormenta das Espadas vai ser dividida em duas temporadas (em Portugal os próprios livros do GoT são divididos em dois...)
Escreva uma história sobre o fim do mundo (essa daí foi anunciada no Nerdcast...)
Maryl Streep diz que ainda se importa com o oscar (após receber sua indicação padrão para melhor atriz)
A rainha má pegando uma ajuda de o Iluminado (Jack Nicolson tá maluco nesse filme...)
Lavando roupa suja... (até aceito que falem mal do Bay, mas não põe o Nolan no meio!!)
Diário de rehab (já falei que eu adoro o ispirazione? =D)
O que aconteceu com De Niro (eu tava me perguntando a mesma coisa outro dia...)
Plágio de fábulas?
Watchmen 2 (calma que é outra HQ e não outro filme... tá... pode ficar nervoso... ^^")
O que você pensa sobre a captura de movimento?
Desenhos secretos na Monalisa... (tá bom sei...)
Falta mulher na China (ou... como a burrice do povo pode f***r um país inteiro...)
Infelizmente não achei nenhum vídeo interessante essa semana... quem sabe na próxima... ^^'' tem uma imagem legal para salvar o dia (ou não)
Promoção!! (mas calma que não é nossa...)
04 dezembro 2011
A Yasmin Cordeiro do blog Living and Learning (LaL) mandou uma mensagem para nós aqui do Since para participarmos da Promoção #LaL de Natal.
Então... eu não irei participar (Pauline está empolgadíssima para participar), mas vou divulgar a promoção para os leitores aqui do blog. As regras e os prêmios estão explicadinhos lá no LaL, então vá lá e participe!
Aí em baixo o banner da promoção...
Abraços!!
Conto - Mistérios na Cidade 7.3
03 dezembro 2011
L!nks #3
30 novembro 2011
Estúdio responsável por Jogos Vorazes é processado em 10 milhões por causa de esmalte
Novo Filme de Spielberg
Filme (live action) do diretor de Wall-E
Mais algumas mudanças em Akira
Allan Moore fala sobre o uso da máscara de V em protestos
Cleo Pires fala sobre sua participação em CSI: Nova Iguaçú
Quarto do game Portal
Grandes feiras de livros
"Fiz uma aposta e sobrevivi"
Versão holandesa de A Batalha do Apocalipse
CEO da Valve falando da pirataria e do Steam
Conto - Mistérios na Cidade 7.2
26 novembro 2011
(Poesia) Mutação
25 novembro 2011
quando acreditamos que tudo que sentimos
e que queremos está de encontro com a realidade
Não posso fugir de mim mesma
e mesmo se quisesse
o turbilhão de ideias está dentro de mim
Não posso fingir o que sinto
a confusão está em minha alma
O que resta é pensar o que resta é refletir
Texto da Leitora
24 novembro 2011
Gostava que sim. Gostava que as tuas decisões fossem passageiras e que no amanhã, o sol brilhasse intensamente do outro lado da rua e o dia fosse característico daquilo que sonho colocar em prática. Contudo, a teoria é demasiado utópica e as controversas chegam diariamente como pedras da calçada. Não sei se diga que não ou se aceite que a fantasia continue a pairar; não sei se o fado tem pés para dar o ar da sua graça. Apenas apreciaria que por uma única vez as coisas fossem “à minha maneira”.
Talvez seja de mim, deste feitio impróprio para cardíacos, ou talvez não. Talvez ainda consiga ter um pingo de razão. É tudo tão estranho e sufocante, por vezes. Tardiamente chega o fim do nevoeiro e o deslumbre fica nítido; tardiamente os dias tendem a ficar… cor-de-rosa.
Capricho? Prefiro declará-lo como recompensa ou um renovar daquilo que já passou. Sou amante de novidades, aventura, adrenalina e surpresas. Não faz parte de mim todos os segundos de tempo esquecido, desperdiçado e monótono. Certos momentos intensos de tantos capítulos não chegam. O razoável é uma atribuição que não se encaixa no meu ser.
A vida passa tão depressa que é com alguma mágoa que eu vejo ela passar por mim e não ser eu a passar por ela.
Links Literários #2
23 novembro 2011
E-books em formato epub grátis
Confira primeiro capítulo de o Festim de Corvos (quarto livro da série Guerra dos Tronos)
Tropa de Elite 2 fora do Globo de Ouro
Livros não provocam revolução
JBC vai republicar Yuyu Hakusho e Samurai X
Adaptação de o Jogo do Exterminador perto de contradar protagonista
Flea diz que Red Hot perdeu magia
Jane Austen pode ter morrido intoxicada
Candidatos a Tetsuo na adaptação de Akira
Saiba mais um pouco da vida de Elizabeth Eulberg
Pinturas de Salvador Dali para Alice no País das Maravilhas
Deuses Americanos R$ 49,90 na Saraiva
Turbilhão de idéias - Bellum dulce inexpertis
22 novembro 2011
Período Especial em Tempos de Paz
Relações comerciais entre Cuba e uma Venezuela Bolivariana (1999-2005)
O embargo econômico surge como resposta imediata dos Estados Unidos, e abrange a aliança dos países da OEA. Aparece como uma forma de retaliação a campanha de reforma agrária cubana e das constantes nacionalizações claramente anti-imperialistas realizadas pelos revolucionários. Medidas como a “suspensão e até supressão de quota de açúcar, do bloqueio parcial e ao total contra a ilha caribenha” [1], são apenas algumas das atitudes tomadas pelos estadunidenses a fim de reafirmar sua condição hegemônica no continente.
A aproximação com o socialismo soviético surge para assumir a lacuna deixada pelo grande potencia das Américas. O acordo de compra do açúcar assinado em janeiro de 1964 por URSS e China, abriu novos mercados para o escoamento da produção do principal produto da ilha. A ajuda fornecida pelo bloco econômico no subsidio do petróleo e em créditos concedidos na compra de equipamento bélico e industrial, ajudam a região, segundo dados de Rémy Herrera, atingir um aumento anual médio de 5% do seu PIB em um recorte temporal que vai de 1959-89[2], provando que ao mesmo tempo em que o bloqueio econômico apresenta um golpe para a economia revolucionaria ele ajuda em um processo de:
“fortalecimento a unidade nacional da sociedade cubana, em lugar de fragmenta - lá e quebrar seu sistema político e social. Estimula um desenvolvimento econômico mais diversificado e independente, que promove uma maior auto-sustentabilidade e auto-suficiência.” [3].
O derradeiro revés sofrido por Cuba encontra-se no desfecho da Guerra Fria, onde, com o termino da URSS, há um declínio do mercado externo que chega a surpreendente marca de 85% do total de suas relações comerciais. A crise se torna generalizada e atinge todos os setores do país. O PIB cubano encolheu entre 40% a 50% no período correspondente a 1989-99[4], significando uma redução econômica expressiva. As exportações caíram de um total de US$ 5,4 bilhões em 1989 para apenas US$ 1,10 bilhões em 1993 e as importações decrescem de US$8,1 bilhões para US$ 2 bilhões em igual recorte temporal[5].
Com relação à produção açucareira, existe uma crise vertiginosa dos presos devido à concorrência com Brasil e Austrália. Esta produção, entre os anos de 1989 e 1990, chegavam a aproximadamente 8 milhões de toneladas caindo gradualmente até alcançar 3.5 milhões de toneladas em 1995, nível mais baixo em 50 anos.[6]
Como conseqüência da crise, o governo revolucionário necessitou instaurar o chamado “Período Especial em Tempos de Paz”, em resposta ao aumento de problemas relacionados à mortalidade acima de 60 anos, falta de aparato médico[7] e de alimentação. A fim de aliviar esses problemas, o governo lança algumas medidas como racionamento de alimentos e a criação de cadernetas de alimentação[8], fechamento de indústrias e de parte dos transportes de Havana. Mesmo com a tentativa de controle da crise por parte da ilha, as medidas encontradas não foram suficientes para aliviar a situação da população, as taxas de desemprego combinadas com a mão de obra ociosa que recebia subsídios do Estado sobem de 7.9% da PAE em 1989 para 25.6% da PAE em 1992, representando um aumento de 346% dos níveis encontrados na década anterior.[9]
Com o objetivo de pressionar ainda mais o governo revolucionário o presidente americano Bill Clinton aprova a Emenda Torricelli (1992) que:
“Amplia a proibição das companhias dos EUA de realizar negócios com Cuba ás suas subsidiarias no exterior, proíbe aos barcos que passam pelos portos cubanos de realizar transações comerciais nos EUA e autoriza o presidente dos Estados Unidos aplicarem sanções a governos que promovem assistência a Cuba” [10]
Em 1996, a Lei Helms-Burton, que permitia os cidadãos dos Estados Unidos, proprietários de bens extraviados pela revolução cubana, processarem as empresas estrangeiras que usufruírem destes e permitia ainda o governo do país em questão barrar os executivos dessas empresas em solo americano, acarretando segundo Ayerbe em uma extensão da “jurisdição dos tribunais dos Estados Unidos para além de suas fronteiras” [11] claramente contradizendo os princípios de direito internacional.
Com o crescente isolamento e a necessidade de se encaixar a realidade sócio-política do continente, as lideranças cubanas encontram na redefinição dos seus interesses nacionais uma alternativa para a reinserção internacional. O fortalecimento dos laços econômicos com novos parceiros, principalmente na America latina, repensando suas estratégias de política externa seria a única saída viável para manter viva a chama do ideal revolucionário.
Essa mudança parte, em um primeiro momento, na redefinição da imagem diplomática de Cuba. Uma tentativa de desconfigurar uma antiga imagem bélica e construir uma identidade pacífica visando melhorar suas relações diplomáticas[12].
Com o objetivo de manter seus ideais intactos, a ilha redefine sua forma de relação diplomática, visando angariar parcerias para sobreviver às duras sanções impostas pelo bloqueio. A utilização de uma “diplomacia social” ajuda Cuba a realizar acordos bilaterais, onde em troca de serviços prestados: mão de obra especializada[13] e apoio nas áreas de necessidade básica, o país consegue os bens fundamentais para a necessidade de sobrevivência de seu povo.
No que diz respeito à Venezuela e Cuba, gerou-se uma relação positiva entre as nações, sendo as relações diplomáticas entre elas divididas em duas etapas: “uma de caráter fundamentalmente bilateral e outra no contexto da criação da Aliança Bolivariana dos povos de nossa América (ALBA)” [14].
O acordo bilateral que envolve as duas regiões consistia no apoio cubano na estruturação venezuelana, cedendo, principalmente, trabalhadores especializados da área de saúde e educação. E em contra partida, cabia a Venezuela fornecer o petróleo subsidiado a Cuba. Essa relação evoluiu de tal maneira que se pode falar de uma complementação econômica entre os dois países, basta analisar o volume financeiro que acompanha esta experiência, assim como o tipo de cooperação existente.
Segundo Carlos A. Romero, “o interesse Venezuelano em Cuba parte do principio do acoplamento e defesa de dois projetos políticos e ao trabalho cooperativo comum para promover a revolução latino-americana” [15].
Com a ascensão de Hugo Chávez ao poder, a Venezuela rapidamente assume o papel de principal parceira econômica de Cuba, fortalecendo essa aliança com o Convênio Integral de Cooperação entre os dois países[16]. A tabela a seguir apresenta a relação comercial entre Cuba e Venezuela e nos permite acompanhar a evolução deste processo:
Relações comerciais entre Cuba e Venezuela (1998-2005)[17] | |
1998 | US$ 388,2 milhões |
1999 | US$ 464,1 milhões |
2000 | US$ 912,4 milhões |
2005 | US$ 2.500 milhões |
O comércio com a Venezuela atinge em 2005 um montante equivalente a 45% do total de bens e serviços da ilha. Em 2002 a Venezuela, através do Convênio de Cooperação mandou para Cuba 53.000 barris de petróleo, tendo esse número sido elevado para a quantia de 97.000 no ano de 2005, 68% de todo o petróleo consumido pela ilha. Em oposição no mesmo recorte temporal estimasse que pelo menos 13.000 trabalhadores cubanos tenham se transferido para Venezuela, sendo “a maioria deles proveniente do setor de saúde (médicos, enfermeiras e paramédicos) e do setor esportivo, na forma de permuta, e desde 2003, na forma em pagamentos por serviços profissionais.”[18]
No ano de 2004 em uma declaração em conjunta dos dois governos, visando uma “aspiração a hegemonia de posições na esfera mundial” [19], marca o início de uma nova etapa entre as relações diplomáticas dos dois países, a criação da Aliança Bolivariana dos povos de nossa América (ALBA), permitindo o comercio bilateral entre eles com tarifa zero e a “implementação de um total de 26 empresas mistas e 190 ainda em fase de negociação” [20]
Desde o início do governo de Hugo Chávez a conexão entre Cuba e Venezuela vem substituindo a relação histórica entre Venezuela e EUA, uma vez que esse ultimo encabeça as hipóteses de guerra nos planos de defesa venezuelanos. A Proximidade das propostas políticas entre as duas nações servem para estreitar os laços entre ambas as lideranças, a criação da ALBA em resposta a ALCA e a aliança entre estas nações tem como objetivo proteger seus idéias de esquerda e combater a hegemonia norte americana no continente. O objetivo proposto por essa pesquisa esta justamente em demonstrar como essa aliança modifica o cenário político e econômico da América latina e como Cuba através dela consegue transpor as dificuldades impostas pelo bloqueio ianque.
[1] HERRERA Remy, Cuba uma resistência socialista da America latina.
[2] idem
[3] FERNANDEZ Tábio, Las relaciones de Cuba com America Del Nortey El bloqueo de los Estados Unidos contra Cuba. Cuaderno de nuestra America, v.XVI,n-31,P-52.Jun.2003
[4] MESA-LARGO, Carmelo. “Hacia una evaluación de la actuación econômica y social em la transición cubana de los años noventa”. América Latina Hoy, Salamanca, n. 18, p. 19-22 marzo, 1998.
[5] Idem, 1998, P.30
[6] Idem, 1998, P.34
[7] 300 tipos de medicamentos, entre eles vacinas, materiais cirúrgicos, peças e equipamento médicos
[8] Possuía o intuito de diminuir a desnutrição e sanar os efeitos da fome em longo prazo
[9] MESA-LARGO,Camelo ,1995
[10] AYERBE Luis Fernando, A revolução Cubana. São Paulo: Ed. UNESP, 2004, P.95
[11] Ibid. P.96
[12] Além é claro de aliviar dos cofres cubanos o peso de manter contingentes militares em terras distantes
[13] Em geral no âmbito da saúde e educação
[14] ROMERO Carlos. A, A política externa da Venezuela Bolivariana, n-4, P-14, Jul.2010
[15] Id., P-14
[16] Visando promover o intercâmbio de bens e serviços em condição solidaria
[17] Ibid., P-15
[18] Ibid., P-15
[19]Trecho da declaração em conjunto dos Governos de Cuba e Venezuela de 14 de dezembro de 2004
[20] Ibid.,P-17
(poesia) Vivência
19 novembro 2011
Conto - Mistérios na Cidade 7.1
Links Literários 1
16 novembro 2011
Projeto Graphic MSP - Capas
Adaptação de Akira para o cinema escolhendo atores
A literatura nas redes sociais
Sexto volume do Guia do Mochileiro
Podcast Filhos do Éden
A formação dos leitores no Brasil
Mais Vendidos
Brumas de Avalon 4 livros 29,90
Conto - Mistérios na Cidade - Contos Esquecidos III
12 novembro 2011
Turbilhão de idéias - Dulce et decorum est pro patria mori
08 novembro 2011
Pátria ou morte! Moncada, M-26/07 e a Guerrilha como solução
Os revolucionários de Cuba não eram revolucionários de cunho profissional, eram apenas pessoas comuns que, empurrados por situações alarmantes, buscaram nas armas o ideal da mudança, de saída de suas mazelas. Florestan Fernandes nos ajuda a traçar a base ideológica destes amantes da Revolução, quando analisa o quadro de valores destes homens aonde, “palavras simples como compaixão, humildade, integridade, fraternidade, repulsa, trabalho, prudência, tenacidade, paciência, obediência, ousadia e cavalheirismo” , são suas leis máximas de vida.
A situação política em Cuba, posterior a queda de Machado, não se mostra otimista, à medida que um tirano sai do poder outro assume seu lugar. O governo de Batista, que se estende de 1940 a 1944, é marcado pela corrupção, subordinação aos EUA e ao tráfico de drogas.
Quando nas eleições de 1952 houve a oportunidade de triunfo de Fidel Castro, candidato de oposição pelo Partido Ortodoxo que vinha ganhando o voto do povo pelos seus discursos de moralização e soberania nacional, Fulgencio lança mão de um golpe de Estado no dia 10 de março daquele ano como manobra para alcançar o poder, fechando o país em um regime ditatorial.Esse golpe foi a fagulha determinante para por em brasas o processo revolucionário. O discurso de Fidel, logo após o acontecido, relate bem o sentimento de indignação que rondava todo o povo cubano.
“Era uma vez uma republica; ela tinha sua constituição, suas leis, sua liberdade, presidente, congresso, tribunais de justiça: todo mundo podia se reunir, se organizar, falar, escrever com toda liberdade. O governo não agradava ao povo, mas o povo podia mudá-lo e faltavam apenas alguns dias para que o fizesse. Existia uma opinião publica respeitada e acatada, e todos os problemas de interesse coletivo eram discutidos livremente. Havia partidos políticos, horas de doutrinação por radio, programas polêmicos de televisão, atos públicos e o povo palpitava de entusiasmo... Pobre povo! Certa manha, a população despertou estarrecida... não. Não era um pesadelo. Tratava-se da triste realidade: um homem chamado Fulgencio Batista acabava de cometer o crime que ninguém esperava.”
A insatisfação do povo cubano faz crescer o movimento antiditatorial que, no ano de 1953, se organiza em torno do advogado, atingindo o significante número de 1200 militantes e simpatizantes . A primeira ação revolucionária contra a ditadura batistiana, configurou-se em um ataque aos quartéis de Bayamo e Moncada, dois dos principais centros militares da província de Oriente, aonde Fidel pretendia, com a tomada das bases, dar início há uma greve geral atingindo todo o país e provocando a participação das massas e a deserção dos soldados.
O plano se mostra falho, boa parte pela ausência de treinamento militar dos revoltosos. Como conseqüência da ação frustrada temos: “um número de baixas do lado insurgente que chegou a noventa, sendo a maioria assassinada após o combate e a prisão dos principais líderes, entre eles os irmãos Raul e Fidel Castro.” O encarceramento dos líderes do movimento gera uma forte vertente cubana pela anistia, que foi alcançada no dia 15 de maio de 1955, concedida por Batista. Fidel vai exilado para o México aonde organiza um grupo disposto a realizar a guerrilha revolucionária cubana. Dentre os combatentes inseridos no exílio, duas figuras ganham extremo destaque, seriam eles o médico argentino Ernesto “Che” Guevara e Camillo Cienfuguos. No total, são reunidos 82 combatentes, sendo destes “Setenta e oito cubanos, um argentino, um italiano, um mexicano, e um dominicano” . Estes homens foram devidamente treinados com o objetivo de desembarcar em Cuba sincronizando uma ação armada a uma greve geral, implementada pelo setor urbano do M-26/07 (movimento 26 de julho) . O insucesso ficou por parte do atraso sofrido pelos revolucionários que, dentre outros contratempos, podemos citar: superlotação da embarcação utilizada e o aperto do cerco das autoridades mexicanas.
A próxima etapa da revolução consistia em uma mudança de estratégia. Agora, a prioridade seria priorizar a guerra de guerrilha nos campos cubanos, principalmente na região de Sierra Maestra que, devido seu terreno acidentado, possibilitava emboscadas realizadas pelo exército rebelde. A guerrilha era o braço armado do M-26/07, era seu elo com todas as classes e com a efervescência política revolucionária da sociedade. Ela “surgi como uma solução militar madura para uma “revolução dentro da ordem” falhada e impossível “ •. A guerrilha não combate somente o Ditador Fulgencio Batista, mas representa uma luta contra a opressão norte americana caracterizada na figura deste homem. Florestan nos lembra que “os guerrilheiros batem, simultaneamente, as forças nacionais e as forças imperialistas que se enfrentavam na defesa militar e política daquela ordem” Conforme as forças de Batista vão sendo rechaçadas, os M-26/07 realizavam a reforma agrária das regiões conquistadas. Ao mesmo tempo, as organizações centradas na cidade combinavam as ações urbanas com o recrutamento de novos combatentes para engrossar as fileiras rurais, como explica Emir Sader, ”esse foco inicial desenvolveu um trabalho de propaganda e de organização entre os camponeses, que incluía a alfabetização e ajuda sanitária com orientação médica.” . Os homens da revolução realizaram uma verdadeira mudança na qualidade de vida da população dos guajiros. Eles não estavam preocupados somente com o treinamento militar dos guerrilheiros, mas também com a saúde e a instrução destes, para que dessem suas vidas sabendo por que motivos lutavam.
A essa altura a guerrilha já contava com territórios livres, aonde possuíam total controle, segundo Sader: “realizavam ali formas embrionárias do novo tipo de sociedade, com serviços educacionais e sanitários, com governantes locais e assembléias populares.” . A adesão popular era tamanha que se podia dizer não se tratar mais de uma guerra de guerrilha, mas sim de uma guerra de colunas, aonde a única coisa que impedia a massa de tomar real partido nos conflitos é o fato de não existir em posse dos rebeldes armas suficientes para cada guajiro que gostaria de doar sua vida em prol do ideal revolucionário.
Em agosto de 1958 o Exército rebelde marcha sob duas colunas com objetivo de tomar a capital. A primeira delas, liderada pelo comandante Ernesto Guevara, tinha como missão cortar o país em dois, reduzindo a área de controle do General Batista, o isolando na capital Havana. A segunda, encabeçada pelo próprio Fidel, tinha como alvo de fato tomar o poder na cede administrativa e militar do país.
Com a saída de seu fantoche, os Estados Unidos rapidamente articulam um plano que visava à manutenção do controle exercida por eles no arquipélago caribenho. Foi uma espécie de tentativa de apropriar-se da vitória revolucionária, segundo Sader: “o plano foi colocado em prática por uma junta militar norte americana, que pretendia se instalar no poder” . Em resposta, quase que imediato Fidel Castro convoca o povo às ruas através da rádio revolucionária e ordena a “Che” que avance com seus homens para a tomada total dos pontos militares da cidade de Havana. Configurando assim no primeiro dia do ano de 1959 o fim da era ditatorial de Batista, e o marco inicial das reformas trazidas com a Revolução.
A Revolução Cubana é algo muito mais complexo do que uma simples luta de um povo descontente com um governo corrupto. Ela se mostra como a libertação de uma sociedade asfixiada por uma corrente de exploração que já perdura há séculos. A luta revolucionária, que inicialmente apresenta uma postura estritamente democrata, aos poucos vem introduzindo em seu âmago uma realidade totalmente diferente. Assim que se colocam em pratica suas reformas, fica evidente um, cada vez mais crescente, sentimento nacionalista, na medida em que as mudanças propostas por ela se chocam frontalmente com os interesses da principal potência internacional ligada ao antigo regime de dominação no país.
Das medidas pós revolucionárias, certamente, a que mais consequências causou , foi a realização da reforma agrária. Ela obteve forte apoio popular, todavia afetava diretamente o interesse americano, que era dono da maior parte dos latifúndios produtores de açúcar de Cuba. Segundo Luis Fernando Ayerbe, no que diz respeito às mudanças implementadas pelo governo revolucionário, “previam-se ações direcionadas a melhorar as condições de vida do povo, tais como o aumento salarial, direitos trabalhistas, diminuição de alugueis residências ou diversificar o perfil econômico do país, fortalecendo a industrialização.”
Os Estados Unidos respondem a nacionalização das suas empresas através de vários tipos de boicotes e sabotagens, desde ao desembarque de grupos contra revolucionários e ataques a navios e embarcações, à proibição da compra de qualquer produto que possuísse matéria prima cubana as nações dependentes dos EUA .
O governo vê como única saída viável para manter-se após o forte bloqueio norte americano um alinhamento com o bloco soviético:
“o governo cubano intensificou suas relações com a URSS. Primeiro vendendo para aquele país o substancial de sua safra de açúcar, que os EUA se negavam a seguir comprando. Depois, recebendo da URSS o petróleo que o vizinho do norte deixava de fornecer e, posteriormente, se abastecendo dos produtos que a interrupção brusca de seu intercâmbio com os EUA requeria. À proporção que as necessidades de defesa do regime cubano aumentavam, Diane da escalada de agressões dos EUA, A URSS se encarregou de abastecer Cuba do armamento para montar suas defesas militares.”
De fato a revolução realizada em cuba, não tinha intenção alguma em seu início de tornar-se uma revolução de cunho socialista, inclusive dentre os membros do M-26/07 apenas Che Guevara e Raul Castro eram lenistas declarados. No entanto, as circunstâncias posteriores a revolução, a postura adotada pelo bloco capitalista como um todo, levaram o comunismo como único caminho para a sobrevivência do regime cubano. Cuba só assume de fato uma postura Socialista depois do enfrentamento com os Estados Unidos atingirem um ponto violento e direto. Aqui me refiro aos diversos atentados terroristas que causaram grandes perdas na população cubana. Uma das medidas desesperadas dos EUA foi uma tentativa de reutilizar a estratégia que já havia sido testada com sucesso na Guatemala; uma invasão de cubanos exilados treinados pela CIA, que se passavam, por aparelhos da forças áreas cubanos em rebeldia contra o governo revolucionário. No entanto, esses militantes foram devidamente rechaçados pelo Exército da ilha, na região da Baía dos Porcos, fazendo com que o prestígio militar dos homens de Fidel só aumentasse.
Mesmo após o fim do 2° mundo, Cuba se mantém fiel às idéias socialistas. Em 1970, à medida que nas Américas presidentes nacionalistas assumem o poder aos poucos vão quebrando o bloqueio continental imposto pela nação hegemônica, todavia o próprio Estado Unidos só começara a aliviar as duras sansões em Cuba, após a saída de Fidel Castro do poder no ano 2008.