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Comunicado

31 maio 2010

Queridos leitores,hoje não irei postar apenas uma frase talvez seja um comunicado talvez uma previsão mas gostaria de gritar ao mundo que a felicidade mora em meu peito pois fui agraciada com algo que muitas (senhoritas) tentam e poucas alcançam............ sim sim eu peguei um buque de noiva e em breve ( assim eu espero) serei a senhora 100nick o que é totalmente excelente mil bjus

[frase] atitudes

28 maio 2010

as atitudes condenam pois elas mostram como realmente você é ...
ninguém finge o tempo todo

[frase] necessidade

27 maio 2010

as vezes a necessidade faz a hora.

[frase] eu mesma

25 maio 2010

insegura,triste,confusa ninguem a me esperar ninguem a me aplaudir só vejo lagrimas no meu olhar só sinto vontade de fugir


[frase] Acordei assim

a melhor descoberta na vida do ser humano é a liberdade.
liberte-se de tudo,sinta-se livre para realizar todos os seus desejos mais íntimos
você especial ,você é único
FAÇA A DIFERENÇA


[poesia] DESCOBERTA

por que temos que esperar para ser feliz?
por que temos que depositar nossas esperanças em outra pessoa
por que esperar pelo amanhã
sempre esperei,sempre sonhei,
sempre fingi sempre menti
não para você ,nem para ninguem
menti para mim ao acreditar que era uma princesa
fingi que tudo ao meu redor iria se tornar em um
mundo de contos de fadas
talvez eu nunca vire uma princesa
talvez nada que que eu sonho aconteça
talvez a minha realidade nem seja tão ruim
enfim não espere a felicidade vir até você
corra você atrás dela ......
lembre-se que ela não será eterna
então aproveite-a em todos os momentos
você não precisa de ninguém para te ensinar a ser feliz
A FELICIDADE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ!!!!!!!



[Conto] Releia-me

24 maio 2010

Tudo bem? É um grande prazer encontrar você por aqui. Sabe estive pensando esses dias... o que você pensa sobre reler livros?

Tudo bem não precisa responder agora.

Bom... não sou muito a favor de reler as coisas, mas as vezes é bom para relembrar a estória, mesmo assim me falta tempo. Quando olho minhas mãos as areias do tempo já se esvaíram por entre meus dedos.

Mas tenho uma estória curiosa para contar sobre isso, não sobre o tempo, mas sobre releituras:

Estava lendo Lugar Nenhum (NeverWhere) do Neil Gaiman, excelente livro, um dos poucos que eu recomendaria sem temor de errar, até que em um dado momento o inevitável aconteceu. EU terminei o livro e fiquei observando a sua parte de trás:

"Um Alice no país das maravilhas com uma virada punk não faz juz a obra de Gaiman, mas serve para descrever seu tom."

Essa era a frase que mais me chamava a atenção. Pensei sobre ela. É uma descrição perfeita e sucinta do que é Lugar Nenhum. Voltei a pensar sobre o livro e percebi que faltava algo. Sentia falta de alguma coisa, mas não podia dizer o que era. Afinal a estória estava completa, não faltava nada. Gaiman concluíra perfeitamente o livro, a estória era, a ainda é hoje em dia na minha mente quando me lembro dela, perfeita em todos os seus aspectos, cada personagem, cada cena.

Do que eu estava sentindo falta?

Posso dizer que até hoje não tenho certeza do que sinto falta naquele livro, talvez a percepção de que um mundo muito maior do que Gaiman me mostrou ainda está lá em sua mente, só esperando uma oportunidade para sair. Não sei ao certo.

Por fim posso dizer o que fiz naquele momento de indecisão. Logo após ter terminado a estória de Door e Richard eu girei o livro e encarei sua capa novamente, abri do início e reli tudo. Tudo o que havia acabado de ler.

Depois disso o livro que eu possuia a menos tempo acabou se tornando o livro que eu li mais vezes até aquele momento. O primeiro e único que tive vontade de reler.

Desculpe se fui mais prosaico do que pretendia a princípio, mas não queria contar essa estória de outra maneira. Na verdade não sei se conseguiria contá-la de outra maneira.

Até mais e espero ve-lo novamente por aqui, ou não, afinal qual é a sua opinião sobre reler livros mesmo?

[Frases] viver

viver é compartilhar alegrias,dividir felicidades para multiplicar o amor. quando se ama compartilhamos problemas ,dividimos tristezas e subtrairmos a dor da pessoa amada.

[poesia] dias frios

a vida é uma passagem ,nem sempre bela, nem sempre árdua
nem sempre a sol mas sempre há uma estrada
há dias que ora há dias que que não se crê
a dias felizes
há dias sem você

[poesia] a vida

22 maio 2010

A vida é uma passagem
caminhos nem sempre árduos
caminhos nem sempre curtos
nem sempre há flores
nem sempre é fácil
mas sempre há onde se chegar
momentos de fraqueza
momentos de dor
há dias de sol,chuva
sempre há dias de amor
nem sempre vê quem se ama
nem sempre eu vou receber amor
por isso eu ando,corro
para ser aquele que transmite amor




[Frases] sonhar

20 maio 2010

Sonhar é realizar um desejo,lutar por um objetivo e realizar seus anseios.

[poesia] mudanças

18 maio 2010

querer nem sempre é sonhar
querer nem sempre é conseguir
querer é a vontade de realizar
querer certamente é querer partir
partir para melhorar
partir para outro patamar
quem sabe eu consiga chegar as nuvens
quem sabe eu não saia desse lugar

[poesia] vivencias

16 maio 2010

passando por uma rua eu pude perceber que não apenas vivo mas faço por viver
passando o tempo eu pude acreditar que nem tudo são flores
que nem em tudo eu posso acreditar
passada uma vida eu pude ver que nem sempre cresci
nem sempre chorei

[poesia] Com Todo Amor

Estou postando uma poesia da Pauline que ela pediu, pois o problema com a internet continua. Então espero que gostem.

Ítalo 100nick

Com Todo Amor

Isso é realmente o que eu sinto
Quando você sorri para mim
Você foi quem construiu
Você o tornou possível
Você me fez sentir
Você me fez acordar
Tão rapidamente
Tão repentinamente
Você é o meu caminho
Você é a minha direção
Quando adormeço
Penso em você e peço
a Deus que me traga seu
Sorriso doce pela manhã
Quando te toco me enobreço
Com a pureza de um anjo
Aquele que me trata como anfitriã
Quando estou em seus braços
Não tenho medo me entrego
Sem pensar no ontem nem no
amanhã
Quando estou longe me desespero
Pois você é meu talismã

***

Eu gostei muito espero que você também, comente que ela vai gostar. Obrigado. No mais nada mais.

Recados

15 maio 2010

A senhorita pauline está com um problema com a internet, por isso que as poesias pararam (infelizmente), mas assim que o problema se resolver ela poderá voltar a postar uma poesia por dia (ou assim eu espero).

Vou adicionar um link caso alguém queira publicar seu conto, poesia, livro etc aqui, ou caso queira apenas divulgar algo.

Por último uma dica (não muito nova). American Gods do Neil Gaiman pode ser lido on-line (a algum tempo já aliás) gratuitamente. Fica o link:

American Gods PDF

No mais nada mais.
Ítalo "100nick"

[conto] Irmãos - Igreja

leia o início

Capítulo 3

Igreja

3.1 Roberto

    Acredito que para continuar narrando essa estória eu deva voltar um pouco no tempo para falar sobre algumas coisas que aconteceram antes que eu fosse para casa dormir impotente após o mais recente homicídio cometido por meu irmão. Não digo que ficar voltando no tempo, perdendo a linearidade da estória, seja a coisa mais conveniente a se fazer, mas é conveniente ir para um lugar menos corrupto, talvez o único na ciade. Uma igreja. Sim uma igreja. Depois de tanto tempo afastado eu fui a uma igreja.

    Cheguei por volta das onze da noite, não creio que o horário seja importante, mas às vezes é bom olhar para o relógio. Eu estava encharcado e a igreja estava fechada, não que isso fosse problema, já que existia uma porta lateral e o padre normalmente a deixava aberta para o caso de chegar alguém por essas horas. Me dirigi a essa porta e entrei silenciosamente, caminhei calmamente até o primeiro banco enquanto deixava para trás um rastro de água no chão, acho que eu deveria limpar aquilo antes de sair, mas certamente não o faria agora. Enquanto caminhava tudo o que eu podia ouvir eram os meus passos, quando me sentei tudo o que escutei foi o silêncio reverberar em meus ouvidos.

    Ali sentado na casa do Senhor, sem ninguém ao redor para atrapalhar, comecei a pensar, tudo o que queria eram respostas e esperava que Deus as desse para mim. Na verdade não pretendia sair de lá antes disso.

    Por que isso estava acontecendo pai? Teria o Senhor colocado tamanho peso sobre os ombros de meu irmão? Se era realmente isso por que suas palavras soavam como as de um louco para mim? Por que seu olhar me dizia que algo estava errado? Onde EU teria errado? Como pude ser tão cego a ponto de não perceber o que acontecia com ele? Estive sempre tão ocupado com meus próprios problemas que não pude perceber os dele, não dei a devida atenção aos sinais. Minha cabeça rodava com todas essas dúvidas e nenhuma resposta parecia estar a caminho. Onde estaria Deus agora que não me respondia?

    Não sei se fui menos silêncioso do que pensei que havia sido, não sei se estava pensando alto demais ou mesmo se era essa a resposta de Deus para minhas dúvidas. Tudo o que sei é que nesse instante uma mão tocou meu ombro e eu levantei a cabeça e pude ver o padre me observando com uma expressão tranquila:

    - Padre Ian, eu acordei o senhor?

    - Não meu filho eu já estava acordado esperando seu irmão. Ouvi a porta abrir e pensei que fosse ele.

    - Meu irmão padre... o senhor já sabia?

    - Sabia sim filho, mas não pude fazer nada. Ele me contou em confissão.

    Percebendo que a conversa seria mais longa do que imaginara a princípio o padre sentou-se ao meu lado para que pudesse ficar mais perto de mim e disse:

    - Seu irmão era um grande garoto, eu acreditava que ele poderia ser diferente e de certa forma foi mesmo, não é?

    - Sim padre ele é diferente, mas eu esperava que ele pudesse ser mais igual a mim.

    - Nós somos diferentes uns dos outros, alguns mais do que outros. Seu irmão ainda está no caminho de Deus e enquanto ele trilhar esse caminho ainda haverá esperança.

    - Não padre, você não olhou nos olhos dele enquanto ele falava de sua missão divina, não havia razão em suas palavras.

    - Mas havia fé rapaz. Todas as vezes que ele veio falar comigo após mais um crime eu olhava em seus olhos e não via arrependimento neles e isso me assustava, mas ainda não desisti de seu irmão.

    - Mas eu já padre. Há sangue no caminho dele e não posso fazer nada para ajudá-lo no momento.

    Me levantei e comecei a me dirigir para fora da igreja. Pinguei por todo o caminho até que enquanto me preparava para voltar para a chuva ouço a voz de Ian:

    - Roberto! Enquanto seu irmão não perder a fé dele. - e nesse ponto ele fez uma pausa - Não perca a sua.

    - Obrigado Ian. Obrigado.

    Assim que entrei no carro tive a notícia do assassinato no cassino. Seria esse o motivo de Ian estar esperando Felipe? Não importava mais. Mesmo com esses novo pensamentos ruins as palavras de Ian tiveram efeito em mim. Ainda havia esperança para meu irmão, afinal ele o conhecia melhor do que eu. Nesse momento achei que seria capaz de dormir um pouco. Com esse pensamento fui para casa e com esse pensamento dormi.

3.2 Felipe

    Alguma horas após eu minha saída da igreja Ian recebeu outro convidado, mas dessa vez realmente era quem ele esperava. Felipe. Ele entrou sozinho pela porta lateral da igreja, andando lentamente e fitando o chão. O padre não conseguira dormir após a conversa que teve comigo e ficou sentando no mesmo banco em que o deixei, orando para que Deus iluminasse nossos caminhos. Encarou o padre com seriedade e falou:

    - Padre perdoe-me pois eu pequei.

    - Você deve primeiro arrepender-se antes de pedir meu perdão Felipe.

    - Não posso dizer que me arrependo.

    - Não posso dizer que te perdoo. Vamos orar filho, Deus nos perdoará por nossos erros.

    Se ajoelharam e rezaram durante algum tempo. O padre pensava em como poderia ajudar meu irmão. Meu irmão pensava se conseguiria se manter inteiro até o fim dessa caminhada. Não mentira para o padre, realmente não se arrependia do assassinato, mas talvez estivesse começando a se arrepender das palavras que disse antes de executar Tony. Jã não tinha certeza se continuava a ser o mesmo. Teria ele tido tamanha frieza com todos os que matara antes? Já não sabia responder. Pela primeira vez estava com medo.
    - Padre. Acho que estou me tornando um assassino.

    - Você já é um assassino filho. Mesmo que esteja fazendo algo de bom por todos, está usando meios errados, meios não aceitos por Deus.

    As palavras do padre aparentemente fizeram mais mal do que bem, pois as palavras seguintes de Felipe foram as seguintes:

    - Não padre Ian, não posso parar agora. Preciso seguir em frente com minha missão. Não importa aonde esse caminho me leve ou o que aconteça comigo. Eu estou disposto a aguentar as consequências.

    As palavras fugiram da mente e da boca de Iam e foram se esconder em algum lugar que ele não as encontrou, pois o que se seguiu a declaração de Felipe foi o silêncio. Até que algum tempo depois o silêncio foi quebrado. Meu irmão se levantou e caminhou para ir embora, mas antes disso falou:

    - Padre tenho que ir agora, mas estarei de volta em breve. Conheci uma garota e gostaria de apresentá-la ao senhor.

    A esperança se reacendeu no coração de Ian.

    - Nossa que bom Felipe. Você nunca tem tempo para garotas. Qual o nome dessa santa para que eu possa acender uma vela para ela?

    - Anna.

    E já caminhando em direção à saída:

    - Até mais padre e obrigado por tudo.

    - Até mais filho.

    Ian estava mais feliz com a notícia, embora um pouco receoso, nunca sabia exatamente o que se passava pela cabeça daquele rapaz. Será que ele percebia o perigo em que ele estava colocando essa garota? Ian se perguntava se deveria alertá-lo sobre isso, mas ao mesmo tempo imaginava que Anna poderia ser a luz que iluminaria o caminho de Felipe para fora do buraco em que ele se enfiara. A esperança brilhava novamente no coração do padre, mas lá fora a chuva insistia em cair.

[Conto] Irmãos - Cassino

08 maio 2010

leia o início

Capítulo 2

Cassino

Felipe entrou no cassino e olhou em volta. Escória para todos os lados e conhecia todos eles. Pelo menos todos os que tivessem alguma importância para seus planos. Realmente era uma espécie de espião. Amigão de traficantes, matadores, valentões, seguranças da máfia, cafetões, gangsters e alguns mafiosos, ao mesmo tempo que pretendia acabar com toda aquela corja um por um. Cumprimentou todos por quem passou ao mesmo tempo que sorria. Era um agente duplo e era bom no que fazia. Não tinha medo de ser pego, pois era realmente um deles, era um membro do submundo daquela cidade que afundava cada vez mais na lama. Era um deles e acabaria com todos eles, mataria cada animal de sua espécie em nome do Senhor. Não sabia ainda o que faria depois disso, mas isso não importava realmente, mas se conseguisse chegar tão longe teria tempo o suficiente para pensar.
Sentou na mesa de blackjack e começou a jogar enquanto conversava animadamente com o crupiê e outras pessoas foram se juntando a ele, realmente era um malandro popular que conseguia fazer amizade fácil, afinal era isso que precisava não é? Contatos. Fazia piadas e sorria não se importava em ganhar ou perder, mas normalmente ganhava. Não que ele achasse isso algo tão bom assim, afinal blackjack era simples, só precisava contar as cartas, não é?
Olhou para os lados e viu Tony passando perto da mesa onde estava, provavelmente havia acabado de chegar para pegar o dinheiro das drogas vendidas no cassino. Apesar do dinheiro que vinha do jogo ser transferido via carro-forte, o dinheiro das drogas vendidas ali dentro não podia cair na conta de Dom Vito sem explicação alguma. Se fossem transportados juntos chamaria atenção, então os lucros dos negócios lícitos eram super faturados, mas nada que fosse realmente chamar a atenção de alguém importante e o ilícito era recolhido em diversos pontos e usado para despesas que o pagamento teria de ser feito em cash, como fornecedores de armas, drogas, bebidas e produtos que entravam no país sem pagar imposto. Eu sempre tentei armar pra eles nesse trajeto, mas o problema é que uma porcentagem desse dinheiro vai direto para a polícia. Sabe como é, ninguém vai morder a mão em que come. Ninguém vai colocar a si próprio no banco dos réus.
Tony vinha toda semana recolher a maleta e hoje era o dia. Ele era uma pessoa carismática, uma espécie de relações públicas da máfia, sempre mandado em missões que envolviam contato humano, como o cassino era um negócio lucrativo seria prejudicar os negócios mandar alguém mau encarado para recolher a maleta lá. Realmente Tony era o mais indicado.
Ele deu prosseguimento a sua rotina, bar, bebia umas duas ou três doses, ia ao banheiro, pegava a maleta e saia de lá. Quando estava na segunda dose Felipe se levantou da mesa e disse que iria fumar um cigarro lá fora:

- Joga ai por mim alguns minutos, mas vê se não perde tudo de uma vez. Já volto.

O pessoal sorriu ao seu jeito descontraído, afinal mais ninguém deixava o jogo para outro tendo tanto dinheiro na mesa, mas ele deixava. Levantou da mesa e rumou direto ao banheiro enquanto dentro do bolso do casaco acariciava a máscara de hóquei. Ela era como que um amuleto para ele, como que um símbolo, algo que o protegia, como a máscara do carrasco o escondendo de suas vítimas.
Saiu do cassino e efetivamente acendeu um cigarro enquanto caminhava. Deu a volta no lugar e entrou por uma porta lateral para funcionários, não tinha ninguém vigiando, como ele sabia que não teria. Depois de algumas voltas por corredores pouco usados ele cruzou uma porta que dava ao lado do banheiro. Jogou o cigarro na lixeira e entrou no banheiro. Para sua surpresa Tony já estava lá, se demorasse mais um pouco tudo aquilo teria sido em vão. Ele lavava o rosto calmamente na pia e nesse momento Felipe decidiu agir, mesmo sem a máscara. Passou seu braço pelo pescoço de Tony e apertou impedindo que o ar encontrasse seu caminho até os pulmões de Tony. Arrastou o rapaz até o sanitário, mas antes que chegasse lá ele viu seu rosto pelo espelho e a expressão desesperada de Tony ganhou ares de surpresa ao descobrir a identidade de seu agressor. Com muito esforço um "você" encontrou caminho para fora. Felipe resolveu falar:

- É uma pena você não estar em condições de conversar, então acho que vou iniciar um monólogo, para que você não passe para o outro lado com tantas dúvidas. Primeiro gostaria de dizer que não é nada pessoal. Não que algum dia eu tenha gostado de você ou te considerado uma boa pessoa, veja bem, eu sempre soube que você era um bandidinho nojento e puxa-saco metido a gente boa. Mesmo assim não acredito que você mereça uma morte dessas.

Felipe fez uma pausa, pois Tony se debatia mais do que nunca, já que para o seu desespero e para a sorte de seu algoz ninguém entrava no banheiro. Percebia agora, tão perto da morte, que tudo o que conseguira trabalhando para a máfia não compensava morrer daquela forma, como um negócio, ouvindo as desculpas de seu agressor. Seus olhos ficaram úmidos, mas ele segurou as lágrimas, não daria isso ao homem que estava prestes a assassina-lo.

- Entenda tudo como um tabuleiro de xadrez Tony e você nada mais é do que um peão que está atrapalhando o meu caminho até o rei. Não mais. Aconselho que comece a rezar e que Deus tenha piedade de sua alma. Amém.

Nesse momento o corpo de Tony ficou imóvel. Felipe levantou e jogou a cabeça dele na privada. Tirou uma cruz templária do bolso, ela tinha espinhos nas quatro pontas e era vermelha, representando o sangue que seria derramado. Contemplou a cruz com um ar sério e por fim a jogou no vaso onde estava agora a cabeça do cadáver. Fechou os olhos e rezou:

- Envio ao senhor mais um pecador, que o Senhor me ajude em minha missão, pois ela é árdua e longa. Amém.

Saiu do banheiro e, enquanto refazia o caminho de volta à porta do cassino, acendeu outro cigarro, terminou de fumar e voltou ao cassino. Jogou mais vinte minutos e foi embora do cassino com uma mulher que conhecera na mesa do jogo se não me engano seu nome era Anna.
Dez minutos mais tarde uma emergência no rádio. O homem da maleta de Dom Vito havia sido encontrado morto no cassino. Mesmo antes do rádio informar que uma cruz templária fora encontrada junto do corpo eu já sabia que meu irmão mais novo era o assassino. O que ele queria com a morte de Tony? Ele era apenas um bandido de segundo nível, não condizia com o perfil das vítimas anteriores, bom isso não importava agora.
Cheguei em casa e ele não estava lá, não esperava que estivesse. Deitei na cama, fechei os olhos e olhei para o teto por uns instantes enquanto esvaziava a cabeça. Depois disso simplesmente fechei os olhos e adormeci.

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[poesia] sentimentos

saudade é algo que não tem fim
como amar e nao querer ficar o tempo todo
ao lado dele?
simplesmente saudade

[poesia] percepções

sentimento especial
amor mais que fraternal
amizade antiga
talvez seja o amor da minha vida



[poesia] eu e você

04 maio 2010

a felicidade já não cabe em meu peito
um novo dia floresceu
ainda sinto tua mão,
ainda sinto teu cheiro
ainda sinto teu corpo junto ao meu

[Conto] Irmãos - Discussão

03 maio 2010

leia o início
Capítulo I

Discussão



Rodei pela cidade sem saber para onde ir. Para ser honesto não queria ir a lugar nenhum. Por onde eu passava via mendigos nas calçadas, putas nas calçadas, drogados nos becos e traficantes em cada esquina. A cidade estava um lixo. E essa escória era a que menos me preocupava. Os mafiosos tinham a polícia e os políticos em suas mãos, como animais de estimação criados à base de dinheiro, favores e intimidação. Não havia mais nada para ser visto nessa cidade, estava tomada por ratos. Eu ainda acabaria com todos eles.
Não havia mais nada a fazer ali e decidi ir para casa encontrar com meu irmão. Estava explodindo de raiva. Uma raiva que não passaria até eu falar com ele e era isso que iria fazer. Não acreditava que meu irmão era um justiceiro. "Alguém olha por nós nas sombras" havia publicado um jornal antes do editor ser morto pela máfia. Tive de engolir que foi suicídio sem poder prender nenhum daqueles safados. Já chamavam meu irmão de o Templário, por causa da cruz templária que ele deixava junto dos corpos de suas vítimas. "É um enviado de Deus punindo os infiéis" era o comentário geral do povo nas ruas e isso não havia como a máfia silenciar. Eles o temiam, isso era evidente, ao mesmo tempo que era perigoso. Eu aparentemente o único policial honesto em toda a cidade e meu irmão o justiceiro mais procurado na cidade. Que destino estávamos atraindo sobre nós? Cedo ou tarde teríamos a resposta.
Cheguei na rua de casa e ele estava sentado na calçada. Provavelmente querendo evitar conversar na frente da nossa mãe, realmente eu concordava com ele, não queria que mamãe soubesse do que ele andava fazendo. Parei o carro na frente dele e observei enquanto ele se levantava e abria a porta para entrar.

- Felipe.

Falei.

- Roberto.

Ele respondeu.

- Você vai começar a discutir comigo. Vai lá pode começar. Pode perguntar o que eu tenho na cabeça.

- Na verdade eu devo dizer que nas companhias que você anda eu devia estar feliz por você ser um justiceiro e não mais um capanga de um figurão qualquer. Se bem que essa pergunta me passou pela cabeça realmente. Diga para mim irmão, sem desculpas, esquivas ou mentiras. O que você tem na cabeça?

- Alguém precisava fazer algo por essa cidade e eu resolvi começar. Já que a polícia não faz nada para mudar o caos em que nos metemos, nem mesmo você irmão. O único em que confiei por toda a minha vida nada fez além de me caçar por todo esse tempo.

- Fui contra a operação Felipe, mas tenho de cumprir ordens. Eles sabem que sou o melhor deles, mesmo não estando de acordo com os crimes que são cometidos dentro da polícia, mesmo assim... não posso descumprir ordens. Você matou pessoas irmão, você cometeu crimes e isso eu não posso negar.

- Não encaro o que fiz como assassinato. Foi necessário e eu fiz. Deus está comigo e guiou minha mão em todos os momentos para que eu não errasse ou cometesse uma injustiça, tenho minha consciência tranquila. Fui apenas um instrumento da raiva divina pelo que está acontecendo nesse lugar. O povo também está ao meu lado e em pouco tempo meu exemplo será copiado.

- E pessoas vão começar a morrer irmão.

- Nunca haverá vitória sem sangue irmão. A cruz é o sinal das minhas intenções e não voltarei atrás em meu propósito até que a cidade esteja limpa ou que eu esteja descansando nos braços do senhor.

Suas palavras eram determinadas e fortes, eu tinha medo delas. Qual seria a força exata delas? Até aonde elas o levariam? Eu tinha medo do caminho que ele tinha pela frente.

- Há sangue em seu caminho irmão, infelizmente nossos caminhos são diferentes, já que estamos indo a lugares diferentes. Tudo que peço é que não morra.

- Deus está comigo Roberto. Pare aqui por favor.

Parei onde ele disse, ele abriu a porta e falou antes de sair:

- Eu te devo uma irmão e vou te ajudar nas suas investigações, já que seus camaradas não vão fazer isso por você. Ian vai falar com você, já que agora terei alguns compromissos e não posso ser visto com um policial.

Ele deu uma piscada para mim e saiu do carro, se dirigiu para o cassino de Dom Vito, falou com o segurança fez algum tipo de piada que agradou muito o gorila e entrou. Então seria assim. Ele continuaria a matar os mafiosos e deixar um rastro de sangue por onde passasse e não se importava que esse sangue fosse de pessoas inocentes. Nesse momento voltou a chover, afinal sempre chovia nessa cidade.

Voltei a circular pela cidade fingindo fazer uma ronda, mas na verdade não conseguia parar de pensar em meu irmão. Felipe. Estava com medo por ele. Eu não era realmente religioso como ele, mas a partir desse momento rezava para que Deus estivesse conosco. Rezava para que limpasse o sangue que meu irmão deixaria pelo caminho, mas aquela chuva só parecia atrair mais e mais sangue.

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