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Novo Formato

28 dezembro 2010

Então finalmente de férias consegui pensar um pouco sobre como melhorar o blog.

Acredito que o mais importante é que as postagens sejam constantes e escrever um capitulo inteiro por semana era complicado... então resolvi postar apenas um pedaço do capitulo todo sábado começando em 2011, pretendo manter as coisas assim, pois como eu já disse estava sendo muito trabalhoso publicar naquele ritmo.

No caso vou tentar convencer a senhorita pauline a fazer o mesmo, algo em torno de uma poesia por semana e nada mais. Espero que ela concorde.

bom até mais.

Algumas explicações

28 novembro 2010

Bom primeiro desculpe pelo tempo gigante sem postar nada... mas garanto que tem um motivo.

Quando terminei a última estória comecei a pensar em outra, mas chegou uma hora que a única coisa que eu podia pensar eram provas e coisas desse tipo.

A boa notícia é que essa época está acabando e com isso eu posso voltar a pensar em estórias e acredito que em dezembro eu consiga começar com pelo menos o primeiro capítulo.

É isso e no mais nada mais.

Até breve.

[Conto] Irmãos - Então Assim Será

11 setembro 2010

“Acaso eu sou o guarda costas do meu irmão?”

Então assim será - Roberto

Como pude ser tão cego? Tive vários avisos desde o início, mas me recusei a ver. Mesmo quando achei que já havia aberto os olhos, eles ainda estavam fechados e só agora percebo isso. Eu poderia ter feito as coisas de outra maneira, poderia ter olhado para minha família antes de me preocupar com a família os outros, mas não foi isso que eu fiz e no fim isso não importa mais.

No fim não há a vitória completa. No fim não há salvação. Só exista a culpa e a desilusão. No fim não há felicidade. Ao menos não para mim. Na guerra um lado ganha algumas batalhas e o outro ganha outras, é feito um somatório e se diz que um dos lados ganhou, mas se você parar e pensar bem vai ver a verdade. Não há vencedores no final, apenas sobreviventes que já entregaram tudo que tinham e não querem mais lutar, não querem abrir mão de mais nada. Não querem mais perder, porque todos saíram perdendo.

No fim não há vitória completa. No fim não há vitória de maneira alguma.

Capítulo 10 - Esse é o Fim

10.1 Tomada da Delegacia

Tudo aconteceu em um piscar de olhos. Em um momento estávamos todos lá tranquilos conversando alegremente por nossas vitórias recentes e no momento seguinte tudo o que podíamos ouvir eram tiros e explosões, que foram rápida e decididamente seguidas de gritos de dor e desespero.

Reagimos o mais rápido que pudemos, organizei as tropas em posição de defesa e começamos a revidar os tiros, enquanto uma equipe tentava remover os civis da rua e impedir que outros se aproximassem, eles estavam sendo cobertos por nós, mas certamente era uma tarefa ingrata.

A luta estava em seu momento decisivo, quem conseguisse impor sua vontade naquele momento teria a vitória. Nesse momento eu finalmente parei para pensar, apesar do golpe ser muito mais severo contra os Cruzados, o que impedia de que esse fosse a única vingança da máfia hoje? Esse pensamento me preocupou mais do deveria.

Separei duas equipes de três membros cada, uma iria a casa do comandante da polícia e a outra iria para a capela de Ian, no fim nos encontraríamos novamente na tomada da casa do Don, tendo provas ou não precisávamos impor nossa vontade ao inimigo custasse o que custasse.

10.2 Ian

Cheguei à igreja e a encontrei silenciosa e vazia, exceto pelos corpos espalhados pelo chão. Eram capangas da máfia. Provavelmente Felipe estivera ali, mesmo assim ainda sentia um mau pressentimento a respeito daquela cena que estava à minha frente.

- Fiquem aqui e protejam o local. Vou dar uma olhada na casa paroquial.

Falei para o resto da equipe e imediatamente me dirigi para a casa de Ian. No caminho encontrei mais corpos de capangas, ninguém realmente importante. Continuei andando passando por cima dos corpos e assim que cheguei à sala pude ver o que eu temia. O corpo de Ian, caído sem vida. Ninguém importante, assim como os capangas, provavelmente apenas uma baixa inesperada na caçada à Felipe.

Assim quem e aproximei, me ajoelhei ao seu lado e rezei pela sua alma e pela vida de Felipe, pelo cenário que se apresentava à minha frente meu irmão estava bem, mas nada era certo. Por fim rezei por minha própria vida.

Sai dali o mais rápido que minhas pernas permitiram e entrei no carro com a equipe. Direto para a fortaleza de Don Vito. O destino escolheu esse lugar para o fim de tudo e eu não iria mais me opor a ele. Nos dirigimos rápida e decididamente para o fim da estoria.

10.3 O Fim do meu caminho

Entramos rapidamente, apenas para descobrir que os guardas já haviam sido neutralizados e o sistema de alarmes desativado. Não gostei nada disso. Para mim isso queria dizer apenas uma coisa: meu irmão já estava lá dentro.

Segui sozinho olhando pelos cômodos da casa, era realmente grande, mas não tive pressa. Não sei o que havia acontecido ali, mas certamente, para o bem ou para o mal, já havia terminado.

Cheguei ao escritório do Don e encontrei o que eu temia. Meu irmão estava caído no chão. Fora baleado na altura do peito.Poucos metros a diante, de costas para mim, estava Don Vito e eu podia ver um rastro de sangue por onde ele havia passao.

- Don Vito, o senhor está preso.

Ele se virou para mim e eu pude ver a faca ainda cravada em seu peito. Suas roupas estavam empapadas de sangue, deveria estar tentando tirar a faca a algum tempo, pois ela continha a maior parte do sangramento e mesmo assim muito sangue já saira pelo ferimento. Provavelmente a ela ficara presa em alguma costela e isso dificultava o trabalho dele.

- Sob qual acusação?

Estava pálido. Estava morrendo. Se aquela faca deixasse o seu peito ele morreria de hemorragia em pouco tempo e mesmo assim ainda estava zombando da policia.

- Assassinato.

- Policial não me faça rir. Seu irmão invadiu a minha casa e tentou me matar. Foi legítima defesa, não há como negar isso.

Olhei a cena novamente. Ele estava certo. Não conseguiria prende-lo e ele fugiria antes de pudéssemos produzir provas para outras acusações, acredito que sairia da cidade e nunca mais voltaria.

A raiva cresceu dentro de mim e não pude controlar os meus atos seguintes. Se eu não pude alcançar meu objetivo, ao menos meu irmão alcançaria os dele, mesmo que ele não estivesse aqui para ver isso acontecer.

- Verdade Don. Agora percebo que deixei me levar pela emoção ao ver meu irmão nesse estado. Peço desculpas. Deixe-me ajuda-lo.

Cheguei perto o suficiente dele e segurei a faca de meu irmão com as duas mãos.

- O que está fazendo?

- Pegando de volta o que pertence a Felipe.

Rapidamente dei um chute em Don Vito que no estado que se encontrava não pode fazer nada para se defender. Ele caiu sobre a mesa que rapidamente foi tingida de vermelho. A hemorragia foi tão grande que ele nem mesmo conseguiu se levantar ou falar mais nada. Nesse mesmo instante me arrependi do que havia feito.

Larguei a faca ali mesmo e saí correndo dali.

Pode não ter sido da maneira que eu esperava, mas minha missão estava cumprida. Não havia mais nada a se fazer. Com esse pensamento eu deixei a polícia e dias mais tarde a cidade. Conforme me afastava pude ver o sol brilhar sobre mim, finalmente a chuva havia parado.

Mesmo que nossos caminhos tenham sido difíceis e tenham nos conduzido a um final amargo, tenho certeza que meu irmão deveria estar feliz, afinal nós realmente matamos o Don.

Sim ele deve estar feliz, onde quer que esteja.

Quem sou eu?

22 agosto 2010

Sabe quando acordamos triste? Sem motivo aparente mas mesmo assim tristes? Assim estou hoje, meu coração anda a tempos enfraquecido e hoje quando me dei por mim já não tinha forças para lutar.Será que estou no caminho certo? Será que essa é realmente a minha direção?
Realmente não sei.O que eu realmente gostaria de saber é a causa dessa angústia tremenda em meu peito e essa incontrolável vontade de chorar, logo eu que sou fascinada por certezas hoje só vejo dúvidas em meu olhar.Queria que não fosse assim hoje não nem metade do que fui estou vivendo em um mundo cinza e cinzas são a minha alma e coração.


21 agosto 2010

O Amor verdadeiro pode ser comparado muitas vezes com contos infantis, mas na minha opinião o que mais exemplifica uma relação forte é o dos 3 Porquinhos...
Você pode construir um castelo de areia, lindo ele foi feito rapidamente você pode até pensar que nunca ele irá desmoronar mas na primeira brisa ele já sofre danos e na primeira garôa ele desmorona.Você sofre,chora mas logo passa pois sua relação não tinha a estrutura necessária para suportar o tempo e as diferentes diversidades da vida a dois.
Se pode construir uma mansão de madeira você se preocupou em construir algo mais resistente,mas a madeira com tempo perde a beleza e a médio prazo estraga e você terá sempre que rever a base da sua moradia,sempre terá que mexer nos seus alicerces e por fim quando o lobo mau aparecer ele irá soprar,soprar e sua casa irá pelos ares.
Uma casa de alvenaria é demorada para se construir assim como um relacionamento de sucesso
cada dia é um tijolinho,cada dia é uma provação podem vir chuvas e tempestades podem vir brisas e tufões você suportará tudo pois sua base é rígida e por mais que as vezes sua casa esteja bagunçada ou precisando de uma pintura ela não irá se romper você sempre terá o seu aconchego.
AMAR É UM PRIVILÉGIO!!!!!!!!!!!




15 agosto 2010

Sem você não sou nem a metade de mim...........

perdão

13 agosto 2010


Perdão mais que um sentimento nobre é uma prova de amor.
Perdoar é mais que uma ação que calenta o coração de quem nos feriu,é um ato de libertação é um alívio, é entrar em paz com o nosso espírito.
Quando há mágoa em nosso coração nos sentimos mal,nossa alma e coração ficam prostados é como se estivessemos tomando um copo de veneno regularmente.Eu já tive o prazer de perdoar e foi uma benção,foi uma sensação unica de alívio.Quando se perdoa de corpo e alma nem se lembra do acontecido e sua relação com a pessoa em questão se torna mais forte, pois vocês conseguiram superar a dificuldade com êxodo.
Eu já perdoei e fui perdoada! PRATIQUE O PERDÃO faz bem para alma e para o coração!

a vida

12 agosto 2010

A vida é um turbilhão de emoções nunca se sabe quando teremos uma boa notícia.

milagres

08 agosto 2010

como perceber um milagre?
milagre é está perto de quem se ama
sorrir espontaneamente
se sentir feliz em fazer o bem
não perder a oportunidade de amar



Paciência

Paciência......
sabe quando você ama uma pessoa e cria expectativas para reencontra-la
se arruma, se produz conta para as amigas que seu grande amor está a caminho
espera ansiosamente,tudo indica que será um dia perfeito que seu corpo,alma e coração entrarão em harmonia com a seu par perfeito
seu companheiro não está com o humor angelical que você esperava, e tudo o que você esperou que acontecer desaparece em um piscar de olhos
se isso também aconteceu com você........
não se desespere você é forte o suficiente para superar um dia ruim de seu companho,amigo ou do seu bichinho de estimação.

[Conto] Eu sou a Espada

07 agosto 2010

perdeu o início? leia aqui.


Eu sou a Espada - Felipe


Pela primeira vez duvidei. Ainda não sei como fui perde-la, nem mesmo sei como ela pode significar tanto para mim, mas significa e eu percebo que não consigo viver sem ela. Estou paralisado, não consigo continuar a me mover para frente, porque não consigo enxergar o que há na minha frente. Tudo que eu quero é te-la de volta, isso tornaria as coisas mais fáceis, mas ninguém nunca disse para mim que as coisas seriam fáceis, e eu ainda não sabia nem de longe como isso iria piorar.

Se eu soubesse o que me aguardava eu teria agido diferente? Realmente não sei se teria forças para isso, isso realmente não importa agora. Tudo o que sei é que não posso mais continuar sem ela. Tudo o que sei é que pela primeira vez duvido de minha missão. Pela primeira vez não consigo seguir em frente. A dor me dominava e mal sabia eu como isso ainda iria piorar.


Capítulo 9 - Na Capela

9.1 Chorando


Nada faz sentido
Não tenho como continuar
Não com essa dor que sinto agora
Essa dor que sinto em meu peito
Essa dor que está me consumindo
Essa dor que posso sentir me corroer até o osso
Preferiria morrer, mas sinto que isso não acontecerá
Que coisa mais cruel é a vida
Que coisa mais cruel é a perda

Foi o que gritei na igreja enquanto Ian tentava me consolar. Foi dramático e improvisado, mas foi o que senti e queria tirar de dentro de mim à força. Ian tentava me consolar de todas as formas, minha dor o machucava tanto quanto a mim mesmo. O sentimento de impotência era a pior coisa para ele até que ele falou:

Estou aqui
Garanto que vai passar
Para o bem ou para o mal
Vai passar
No fim haverá um amanhã
Amanhã você estará melhor
Amanhã a dor vai passar
Para o bem ou para o mal
Vai passar

Foram as palavras dele. Realmente me acalmou, não pelas promessas, mas sim por ele estar ao meu lado, apesar de tudo. Apesar de não concordar com o que eu estava fazendo e o que ainda pretendia fazer.

A perda não mudara minha mente, mas eu não sabia o que fazer. Não queria continuar antes de recuperá-la, na verdade não queria fazer nada antes de recuperá-la. Estaria eu desistindo? Abrindo mão de tudo por ela? Tudo bem que ela não sabia que eu era o Templário, mas isso não ajudaria em nada. Vamos dizer que a opinião dela sobre o justiceiro não era das melhores, e vamos dizer que isso é um eufemismo.

O tempo foi passando e os meus soluços foram ficando mais espaçados. Minha respiração foi voltando ao normal e no fim eu quase estava parando de chorar, quase. Não que a dor tivesse ido embora ou diminuído, mas ao menos agora eu podia pensar. Era como se a dor saísse do palco principal da minha mente e estivesse descansando nos bastidores, só esperando a hora de voltar à ação.

Foi mais ou menos nessa hora, em que achei que as coisas iriam melhorar que eu ouvi o primeiro disparo.


9.2 Tiroteio


Depois do primeiro vieram muitos outros. Me escondi atrás dos bancos e pude ver dois homens da máfia entrando na igreja. Tive a sensação de que não fora visto e era nela que eu iria apostar todas as minhas fichas. Fiquei escondido até que eles chegassem perto o suficiente. Assim que eles estavam a um passo de me ver pulei de trás do banco e agarrei a arma de um deles, enquanto o usava de escudo humano para que o outro não me atingisse.

A disputa pela arma foi acirrada, mas em um movimento rápido eu acertei uma cabeçada nele e rapidamente atirei no que esperava uma chance de atirar em mim. Quando estava se recuperando da cabeçada o capanga que eu segurava se assustou com o disparo imprevisto e me deu outra oportunidade. Acertei um chute entre suas pernas e segurei a arma. Pela sua expressão acredito que ele iria começar a implorar para não ser morto, mas não lhe dei essa oportunidade. Um tiro rápido na cabeça fez com que ele fechasse os olhos para sempre.

Assim que terminei lembrei de Ian, que estava na casa paroquial. Os dois homens que eu acabara de matar foram varridos da minha mente enquanto eu saía em disparada para ver meu amigo.

Entrei na casa e percebi que havia falhado assim que o vi caído no chão da sala.

- Ian!

Me abaixei e o peguei nos braços. Ele abriu os olhos e me fitou por um segundo.

- Felipe. Que Deus esteja com você em todos os momentos meu filho.

- Ian...

Então ele fechou os olhos novamente e não disse mais nada. Estava morto. A culpa era minha. Certamente a máfia descobrira algo sobre mim de alguma forma e viera me pegar. Não sei onde eu posso ter errado, mas não queria pensar nisso agora. Ian estava morto e isso já era mais do que eu podia lidar.

Seria esse o sinal que eu pedira? O sinal de que eu deveria continuar? O sinal que eu estava esperando? Se era um sinal, também era um castigo certamente. Um castigo por ter duvidado, mesmo que por poucos momentos. Não me era dado o direito de amar, afinal eu era um guerreiro. Acreditar que eu tinha esse direito fora um erro, mas duvidar de minha missão quando a justiça fora feita certamente fora meu maior erro e era por ele que eu estava sendo punido agora. Ian morrera por minha culpa.

Isso não aconteceria de novo. Eu estava com os olhos abertos agora. Eu era a espada e seria a espada até o fim, sem mais dúvidas. Sem mais perdas.

Depois de algum tempo pude ouvir sons de passos. Eles ainda estavam na casa. Não sabia o que havia acontecido, mas aparentemente eles ainda procuravam por mim. Deixei Ian onde estava e me escondi atrás de uma parede até que as vozes ficassem altas o suficientes para eu poder ter certeza que vinham do mesmo cômodo em que eu estava.

Sai de onde estava e aproveitando o efeito surpresa atirei rapidamente em três capangas que caíram inertes no chão. No fim mirei para o último e hesitei por um momento. Era Johnny. Nos encaramos por um breve momento e quando finalmente iria atirar, ele saiu correndo, talvez pelo susto de ver seus capangas mortos ou para me conduzir à uma armadilha. Não me importei com nada, corri o máximo que pude atrás dele.
Algumas quadras depois consegui alcançá-lo.
- Parado Johnny!
Eu tinha minha arma apontada para as suas costas e não erraria o tiro. Vingaria Ian. Ele vagarosamente levantou as mãos e se virou. Quando tinha seus olhos em mim falou calmamente.
- Adeus, garoto.
Nesse instante pude ouvir um tiro às minhas costas, ao mesmo tempo que senti minha perna arder. Fora atingido de raspão. Era uma armadilha afinal. Ainda restava um deles. Aparentemente eu apontar uma arma para o chefe dele fez com que atirasse de uma distância maior do que seria ideal., com isso ele acertou apenas de raspão. Minha perna começou a queimar irritantemente, mas isso não me impediria agora.
Não iria atrás desse capangazinho que me acertara, nem atrás de Johnny. Acreditava saber para onde ele iria no final. Ele iria para onde o chefão estava. A mansão de Don Vito.E se ele iria para lá, eu também iria.
Corri para despistar o atirador e o consigliere e acredito que eu tenha feito um bom trabalho, pois não encontrei com nenhum dos dois. Cheguei a mansão sem problemas. A encarei antes de entrar. Aqui era o fim de minha jornada, mas agora a justiça não mais importava tudo que eu queria era vingança.
Sim, eu sou a espada. A espada da vingança.


9.3 O Fim do meu Caminho

Tudo é tão simples, a segurança é forte, mas eu treinei muito tempo para isso. Consigo passar por tudo: câmeras, seguranças, alarmes, trancas. Tudo que foi colocado em meu caminho foi inútil. Nada era capaz de me deter. Minha vingança estava cada vez mais próxima.
Até que eu abri a última porta e o encontrei, ele esperava por mim sabia que eu viria cedo ou tarde. Don Vito, o homem que mandou matar Ian, o homem que corrompeu a cidade inteira, iria pagar por tudo que fizera.
- Bem vindo Templário. Ou prefere que eu te chame de Felipe?
Então ele sabia que era eu, em algum momento desconfiou de mim e agora que eu vim após a morte de Ian ele não tinha mais dúvidas. Não havia também o que esconder, então calmamente eu retirei a máscara e ele pode ver meu rosto.
- Tem idéia do que me custou garoto? Suas brincadeiras me obrigaram a tomar medidas extremas. Me obrigaram a deixar essa cidade. Johnny já não está mais aqui, meus negócios já não estão mais aqui, todo meu poder foi movido de território, mas eu fiquei aqui esperando você.
- Estou aqui Don. Vim aqui para te matar. Tinha planos para acabar com toda a organização, eu acabaria com tudo, mas não sei como fui descoberto antes, mas isso não importa não é? Afinal estamos frente a frente agora, como eu sabia que um dia estaríamos.
- Sim rapaz estamos frente a frente. Você parece não fazer idéia de onde se meteu. Parece não saber que esse caminho não tem volta.
- Claro que sei, já fui avisado mais vezes do que gostaria sobre isso. Não me importo que tudo acabe aqui para mim, tudo que me importa agora é terminar o que comecei.
Nesse momento ele sacou um revolver. O mais rápido que pude eu saquei minha faca e corri para cima de Don Vito com todas as minhas forças.
Quando nos chocamos ele desequilibrou e caiu para trás e eu fui junto com ele. Tudo que eu ouvi foi o som de nossos corpos batendo no chão, seguido de um barulho muito alto e nesse momento enterrei a faca no peito dele o mais fundo que consegui.
Nessa hora tudo ficou escuro e eu sentia sangue escorrer em minhas mãos. Era o sangue do Don? Eu vencera? Eu não sabia. Não importava. Era chegada a hora de descançar. Finalmente era o fim de meu caminho. No fim, de uma forma ou de outra, eu pude descançar.
Foi mais ou menos nesse momento que o mundo silenciou, ao menos para mim.

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[frase] sozinho

06 agosto 2010

Algumas pessoas preferem estar sozinhas cercadas de gente, do que estarem acompanhadas de uma única pessoa.

[frase] amor

05 agosto 2010

O amor ultrapassa a barreira do tempo...

[crônica] visita à livraria

04 agosto 2010

Outro dia fui até a livraria para ver as novidades. Tenho boas e más notícias. A boa é que A Batalha do Apocalipse estava lá, em lugar de destaque aliás e é sempre bom ver alguém tendo sucesso assim, depois de tanto esforço. A má notícia é que o resto dos livros eram clones do Crepúsculo.

Não estou dizendo que isso seja cópia, até porque todo gênero ( ou sub-gênero)tem várias estórias parecidas e nem por isso um autor copiou o outro. A verdade é que as editoras abrem mais espaço para esse tipo de obra devido a moda, igual aconteceu com o Código da Vinci a um tempo atrás.

É claro que a editora é uma empresa e precisa gerar lucro no fim do mês, como qualquer empresa. Não que isso justifique lançar apenas livros sobre amores sobrenaturais. Poderiam reservar um lugarzinho de destaqua para um livro com uma estória um pouco diferente, menos na moda. Quase como aconte4ceu com A Batalha do Apocalipse.

Já estava até esquecendo de mencionar que A Batalha do Apocalipse apareceu na lista dos mais vendidos, logo a frente de um desses clones de Crepúsculo.

[frase] a vida

03 agosto 2010

A vida não é engraçada. Só se você quiser que seja.

[frase] amor

O amor é um sentimento transformador

[poesia] receita

02 agosto 2010

Como explicar um dia perfeito?
você acorda e vê seu amado
sorrindo ao seu lado
você suspira
ele te toma nos braços
e delicadamente te acaricia
você reclama diz que não está se sentindo bem
ele diz que melhor que você não há ninguém
ele te ama você e já sabe
mas te reconquista todo dia
e reza para que esse amor nunca
se acabe


[aviso]Agenda de postagens

01 agosto 2010

Oi, aqui é o 100nick e tenho um aviso =D

Eu e a senhorita paulinha vamos colocar um pouco mais de ordem no blog e estabelecer uma agenda para as postagens. Então lá vai:

Domingo: crônica da paulinha.
Segunda: poesia da paulinha.
Terça: duas frases, uma minha e uma da paulinha.
Quarta: poesia da paulinha, crônica minha.
Quinta: duas frases.
Sexta: folga (=D).
Sábado: conto (sábado sim e sábado não).

Acredito que as dicas vão sair uma vez por mês, em torno do meio do mês, dia 14, 15 ou 16. De preferência em uma sexta que não tem postagens, mas isso já não é certo.

até mais e obrigado. ^^

[frase] viver

29 julho 2010

Às vezes parece que vivemos para nos arrepender de nossos erros.

[frase] valorizar

só aprendemos a valorizar quando estamos prestes a perder.

[frase] anjo

28 julho 2010

como não ser feliz tendo um anjo ao meu lado.
Deus materializou um presente em forma de homem e pôs em meu caminho.

[frase] força de vontade

27 julho 2010

Força de vontade é persistir quando outros desistiriam.

[poesia] o que eu sinto

amar,amar,amar
amar é esperar
por um tempo nem sempre real
amar é superar
nos transformar em algo que nem sempre nos imaginavamos ser
amar é sentir
sentimentos, emoções
misto de alegrias
amar é viver a vida do outro
é querer estar perto
é o que existe de mais belo

[Conto] Irmãos - Pela Família

24 julho 2010

perdeu o início? leia aqui.


Pela Família - Johnny

Nunca pensei em morrer pela família, mas também nunca pensei em abandoná-la. O que me consola é que não há como abandonar algo que não existe. Eu acredito que em pouco tempo a família não mais irá existir, ao menos não como eu a conheço hoje. Como isso pôde acontecer? Como as coisas chegaram a tal ponto? Não sei, mas acredito que deveria saber, afinal eu sou o consigliere.

Talvez eu nunca tenha olhado com verdadeira atenção para Vito. A sensação de já saber exatamente o que esperar dele me cegou, não pude perceber o quanto ele se tornava mais e mais sábio. Meu ego cresceu tanto que acabou me traindo. Meu trabalho sempre foi saber te tudo para aconselhar o Don, mas como poderia aconselha-lo se nem o conhecia direito?

No fim você se importaria com isso tudo se lhe fosse dado o que mais queria? Se importaria de ter falhado com seu Don se ele lhe desse o que você sempre desejou e nunca pôde pedir? Teria a coragem de recusar o presente? Eu não tive e não posso dizer que me arrependo.

Capítulo 8 - A Família Resolve seus Problemas

8.1 Ordens do Don

O garoto era mais esperto do que eu pensava. Percebeu rapidamente a minha intenção e tentou se esquivar ao máximo das minhas perguntas. Dizer não ter nenhum contato com o irmão. Certamente uma grande mentira, só não sei se queria evitar mais perguntas ou se queria esconder algo. Não posso acreditar que os dois tenham um plano qualquer, que ele esteja se infiltrando na máfia por ordens da polícia, mas infelizmente também não posso descartar nada. Cada resposta que obtive me trouxe duas perguntas.

Tive de segui-lo até o casino para ver como se comportava, mas isso não esclareceu muita coisa. A não ser pela hora em que o vi sair. Ele percebeu que eu o estava olhando e sua expressão não foi das melhores, ele estava com raiva o que é uma reação normal, mas a expressão dele não me agradou nem um pouco. Depois ele tentou fingir que não havia me visto e saiu com uma garota. Realmente estranho.

Minhas suspeitas se enraizaram quando recebemos a notícia do novo grupo policial cuja função era basicamente acabar com a família. O líder era Roberto. Vito pensou durante muito tempo até pedir meus conselhos, eu ajudei da melhor forma que pude disse o que achava sobre o garoto e sobre seu irmão policial.

Após ouvir o que eu tinha para falar ele tomou sua decisão. Me disse seu plano e assim que ouvi percebi o risco daquilo tudo. Não para mim, para mim tudo aquilo seria incrivelmente vantajoso, mas o Don correria todos os riscos. Olhei para ele como se o estivesse vendo como ele realmente era pela primeira vez.

- Vito, sou muito grato pelo que está fazendo, mas isso não é o melhor plano a seguir, você poderá perder tudo se seguir nessa linha.

- A aposta é alta admito Johnny, mas poderá trazer uma vitória tão completa e incontestável que chega a valer a pena todos os riscos. No fim o único que assumirá todos os riscos serei eu e isso faz o plano se tornar ainda melhor do meu ponto de vista. Está decidido consigliere. Começaremos agora.

- Sim, Vitor. Fazemos como você desejar. Espero poder te agradecer um dia.

A conversa terminou aí, depois disso fui executar a primeira parte do plano: matar o chefe de polícia. O motivo? Apenas vingança e eu iria lá para dizer isso e só então matá-lo.

8.2 Adeus Comandante

Não sei quanto tempo faz que não venho em uma missão dessas. Não sou o responsável por elas, afinal sou o consigliere, mas hoje a vingança nos chama para o combate, a vingança nos chama para a guerra. Hoje a máfia não mais conversaria ou mandaria recados. Hoje nós iremos cobrar o que nos é devido.

Chegamos à casa do Comandante e esperamos. Não posso dizer que ele não estava esperando um ataque da máfia, mas tenho quase certeza que ele não nos esperava aquela noite.

Os rapazes invadiram a casa pela lateral e pelos fundos. Retiramos a família dele da casa para que não presenciassem o que iria acontecer, afinal eu ainda tenho princípios. No fim o comandante ficou sozinho em sua casa e pudemos conversar.

- Achou que iria aprovar esse grupo de justiceiros e não haveriam consequências? Se aposentaria e sumiria no mundo?

- A cidade está um caos Johnny. Eu não podia ser responsável por isso.

Dei um soco em sua boca por cuspir essas palavras hipócritas. Isso me irrita.

- Você sempre foi um covarde comandante. Poderia se aposentar e viver o resto da sua vida como um covarde, mas você não quis isso para você. Agora comandante, estamos providenciando ao senhor uma morte de herói. Tudo que eu peço é que morra como um, não quero suas explicações inúteis.

Sua expressão era a de completo pânico. Um verdadeiro terror, realmente bom, afinal era para isso que eu fora mandado aqui. Me certificar que antes de morrer esse covarde metido a herói de meia idade sentisse vontade de jamais ter brincado com a família.

- Vocês não podem fazer isso. Mesmo que me matem os cruzados vão acabar com a máfia nessa cidade da mesma forma.

- Você ainda não entendeu velho? Isso é apenas por vingança.

Suas últimas esperanças foram arrancadas dele a força nesse momento. Não havia o que ele pudesse fazer para salvar a própria vida. Meu trabalho aqui estava feito, ele finalmente se arrependia de querer ser algum tipo de herói.

- Acabem com ele rapazes. Depois daqui vamos nos reunir em frente ao quartel dos cruzados. Tem mais gente lá precisando de algumas lições. Adeus, Comandante.

Virei as costas e pude apenas ouvir o disparo seguido da queda do corpo no chão. Ele estava morto por tentar destruir a família, mas isso não impediria o processo que ele iniciou. Se eu não estiver enganado os irmãos são a chave para impedir nossa queda. Acabando com os dois nós estaremos salvos, se algum deles escapar... não quero pensar nisso, mas meu trabalho é pensar não é?

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[frase] idéias

22 julho 2010

Idéia original é algo que ninguém sabe de onde você copiou.

As idéias estão no ar. Algumas, aparentemente, em maior quantidade do que outras.

plenitude

o amor é mais que uma sucessão de consequencias
é vibrar,é sofrer é sentir é refletir
é simplesmente interagir espirualmente
com outro e o mundo a sua volta
amar é está sempre em plenitude

[crônica] marketing

21 julho 2010

Sabe o que eu penso sobre marketing? Não? Não esperava que soubesse. No fim o que importa mesmo é a evolução do marketing e a sua função na nossa querida economia, ou não.

Marketing começou com o objetivo de suplantar o concorrente. De maneira simples: quero que compre o meu produto ao invés do da concorrência. Idependente do meu produto sr melhor ou pior.

A coisa funcionou e evoluiu para: quero que ele compre os meus produtos. Ou seja você quer agora dar força a sua marca. Com o seu nome você consegue vender uma maçã a um real (conhece alguma empresa que faz isso?).

Hoje em dia a coisa toda ficou muito mais interessante a missão é: fazer o consumidor levar os produtos que el não precisa! Existem vários conceitos para isso: tipo de compra, culnerabilidades do consumidor (as crianças no supermercado são a maior delas) e abordagens de venda são apenas alguns exemplos que funcionam.

Posso resumir tudo isso em um único aviso: Cuidado! As lojas, os supermercados, shoppings, parques de diversão e sites na internet, enfim o mundo, está cheio de armadilhas espalhadas, certamente você vai cair (já caiu) em uma delas em algum momento, mas pelo menos você foi avisado.

[poesia] consequências

tudo o que fazemos tem consequencia
para ser amados
primeiro amamos e nos dedicamos
para ser acolhidos
acolhemos
e mostramos tudo de bom a nossa volta
para ser respeitado
primeiro ouvimos e damos oportunidades
por que será que as vezes não queremos nada dos outros
esses são aqueles que não semearam bons frutos em nossos corações

[frase] a vida

20 julho 2010

se as pessoas tivessem as vidas um pouco mais interessantes, talvez se preocupassem menos com a dos outros.

[frase] amor

o amor é um sentimento inoxidável

[poesia] conviver

19 julho 2010

como não amar aquele
que me embala como
anjo
me protege como cria
me tem como musa
aquele que apenas me traz
alegria

[frase] virtude

17 julho 2010

Virtude é amar sem esperar,
é se fazer compreender,
é se doar sem medo de se arrepender.

[crônica] Geração de Digitadores

15 julho 2010

obs.: a senhorita pauline falou que isso já foi tema de vetibular da UERJ, mas como eu não sabia vou postar assim mesmo. espero que goste. abraços.

***

É impressionante a velocidade que a geração msn consegue digitar. Após incontáveis horas de um incansável "treinamento" em frente ao monito, a maior parte do tempo comversando com amigos, a pessoa consegue um número de toques por minuto (TPM?) absurdo.

O curioso é que a qualidade do que se escreve não aumenta proporcionalmente, em alguns caso eu diria até que piora. Chego ao ponto de suspeitar que para algumas pessoas as palavras "mas" e "mais" são uma só, você escolhe a que achar melhor e fica com ela para sempre em qualquer situação.

Esse escolhe que a sociedade faz se reflete no twitter (me sigam lá se quiserem). Quando se twitta não se  diz mais com menos palavras, se diz cada vez menos e mais rápido. Afinal vivemos em uma agitação constante em que cada segundo é precioso e escrever demais é perda de tempo. Cento e quarenta (140) caracteres são mais do que o suficiente, ou não.

Cada vez mais o mundo nos conduz por caminhos em que temos mais coisas que não precisamos. Ganhamos mais e mais velocidade e perdemos qualidade na mesma proporção. Isso é tão triste. Tão triste pensar que cada vez mais o mundo esquece que não importa com quantos dedos você digita, mas sim o que você digita com esses dedos.

[poesia] preciocidades

a vida nem sempre é bela
nem sempre nos da tudo o
que queremos mas sempre
nos da aquilo que precisamos
sempre pedi mas que precisava
e nem sempre agradeci por tudo
o que tenho

[poesia] meu menino

14 julho 2010

inacreditável é o amor que sinto por você
palavras me faltam para descrever esse misto de
carinho, harmonia e paz
que sinto com a sua presença
és um anjo
és carinho
és amor
tu és o meu mais precioso menino

Dicas de Livros

Olá leitor(a) ^^

estava pensando em dar algumas dicas de leitura para quem está sem idéias no momento. Vou tentar evitar coisas mais famosas tipo: senhor dos anéis, harry potter, nárnia, crrepúsculo (e filhotes do crepúsculo tb ^^").

Não digo que vou falar só novidades, até porque a maior parte das novidades são sósias do crepúsculo e eu não leio sósia ^^".

Vou procurar falar livros que a maioria não leu, mesmo que sejam um pouco mais antigos.

E também vou me concentrar em livros que já li e livros que você conseguirá comprar, ou seja nada de livros esgotados.

obs1.: a ordem não é importante vou postar na ordem que for vendo no meu skoob.

obs2.: vou tentar fazer mais desse tipo de post, mas como demora um pouco e eu não ando com tempo sobrando haverá um certo espaço entre eles.




1. Eu sou o mensageiro

excelente. muita gente já leu a menina que roubava livros, mas não leu esse livro que é do mesmo autor.

resumo: Ed, um dia, teve a coragem de impedir um assalto a banco. E que, um pouco depois disso, começou a receber cartas anônimas. O conteúdo: invariavelmente, uma carta de baralho, um ou mais endereços e... só. Fazer o que nesses lugares? Procurar quem? Isso ele só saberá se for. Se tentar descobrir. E, com o misto de destemor e resignação dos mais clássicos anti-heróis, daqueles que sabem não ter mesmo nada a perder nesse mundo, é o que ele faz.

Gênero: Suspense

Autor: Markus Zusak

Preço: R$: 29,90

dica: 9.90 no submarino ou 46,90 na americanas.com junto com a menina que roubava livros (economia de 22,90 segundo o site)

nota: 7





2. O Nome Do Vento - A Crônica Do Matador Do Rei: Primeiro Dia

nunca li nenhuma estória envolvendo magia me deixou tão impressionado, e olha que eu já li várias. A maneira como a magia funciona, a arte de nomear as coisas e como o autor narra tudo isso é realmente diferente.

resumo: O nome do vento' acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida - o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado. Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.

gênero: fantasia

autor: Patrick Rothfuss

preço: R$: 49,90

dica: não encontrei nada de muito incrível, mas pode ser comprado por 39,90 no americanas.com
nota: 10



3. O Clube do Filme

vale pelas dicas de filme, pelas opiniões do autor que é crítico de cinema) sobre os filmes e pela relação entre pai e filho que vai sendo mostrada no decorrer do livro.

resumo: esse eu posso escrever eu mesmo (sem ajuda da sinopse oficial): o pai fala que o filho pode deixar de frequentar a escola desde que eles assistam a um filme por dia juntos. A estória toda vai se desenvolvendo a partir disso.

gênero: boa pergunta... não-ficção talvez? drama quem sabe... escolha o que lhe for mais conveniente

autor: David Gilmour

preço: R$: 24,90

dica: 14,10 no submarino
nota: 8



4. Sandman - Edição Definitiva - Vol. 1

Coloquei a edição definitiva porque é a única que você vai encontrar nas livrarias. Se você tiver a oportunidade de ler sandman, seja lá qual for a edição, não deixe passar. Vale muito mais pela narrativa do Gaiman do que pela estória em si, ele te faz pensar enquanto te conta uma estória essa é a verdade.

resumo: A série conta a história de Morfeus, um dos Perpétuos - criaturas análogas aos deuses, mas ainda maiores - responsável pelo Mundo dos Sonhos. Basicamente ele controla e tem acesso a todos os sonhos da humanidade e de todas as criaturas capazes de sonhar, sendo o senhor do Mundo dos Sonhos, a terra aonde vamos em nossas horas de sono. Quando uma ordem mística tentou capturar a irmã de Sonho, a Morte, em seu lugar eles capturaram Morfeus. Assustados com o que conseguiram, os membros da ordem o mantiveram cativo. E assim teve início um período de diversas décadas em que esse Perpétuo ficou trancafiado à mercê de seus captores, deixando o Mundo dos Sonhos abandonado e os sonhadores desamparados. A série nos revela como ele se libertou e como foi capaz de se adaptar no mundo após tantos anos de ausência, e também nos mostra um vislumbre de sua história e da mitologia dos Perpétuos.

gênero: como são várias estórias temos vários gêneros então: ficção/fantasia =D

autor: Neil Gaiman

Preço: R$: 154,00

dica: pode ser encontrado por 99,80 na fnac.com ou por 99,90 no submarino

nota: 9 (só não é 10 por não ter a estória completa)

Eu poderia dar outras dicas, mas não sei se seriam tão úiteis quanto essas então vou parar por aqui, espero ter ajudado e até a próxima.

obs3.: as promoções foram pesquisadas nos respectivos sites no dia 14 d julho de 2010 e não são de minha responsabilidade.

[Crônica] Ausênsica de Leis

11 julho 2010

Já parou para pensar como seria se nós fossemos livres? Realmente livres. Sem leis ou instrumentos de controle? Já imaginou como seria? Era da escrotidão? Ensaio sobre a cegueira (quem não leu deveria)? Ou será que seria tudo isso junto só que muito pior?

Você consegue fazer o certo porque é certo? Faz a coisa considerada moralmente correta, mesmo quando está sozinho? Mesmo quando ninguém vai saber? Ou melhor ainda, você confia que a pessoa ao seu lado fará o correto se você der as costas, se voê der a oportunidade para que ela faça o errado?

Já reparou no meio em que você está inserido? Como diz o provérbio: me diga com quem andas que eu te direi quem és. Já assistiu os infiltrados (se não deveria)? Martin Scorsese. "Não quero ser produto do meio em que estou inserido, mas quero que o meio seja produto de mim." Percebe a força dessa frase?

Acredite é possível. Pode até mesmo não ser, mas ao menos acredite que é. Podemos ser diferentes, podemos ser melhores, não precisamos ser produto do meio. A humanidade, no geral, é melhor do que foi ontem. Se todos forem assim quem sabe como será o amanhã?

[frase] marketing

10 julho 2010

Na verdade marketing nada mais é do que o embasamento da futilidade.

[frase] paciência

08 julho 2010

Paciência é uma virtude.Por que nem sempre sei esperar?Preciso aprender a amar menos
amar dói

[frase] coração e razão

06 julho 2010

o que fazer quando seu coração se confronta com a razão? simplesmente esperar

[poesia] em busca

05 julho 2010

caminhando,não sei bem a minha direção
sigo um sonho,talvez seja mais que determinação
ninguém a me aplaudir
ninguém a me esperar
sigo apenas a minha direção

[crônica] aconteceu comigo

É incrível, talvez inesperado como Deus se mostra presente em nossas vidas, como eles nos mostra a todo tempo guardião de nós como ele nos afirma seu amor. Certo dia vinha andando pensativa gostaria que meu caminho fosse maior do que o habitual Deus tocou em meu coração e disse você pode.Mesmo não sendo eu um exemplo de religiosa ele sempre me leva ao melhor caminho as vezes nós não entendemos o propósito dele mas ele sempre nos leva ao melhor acredite ele está aqui agora olhando para você, ele está a todo tempo lhe dando provas do seu amor

[Conto] Irmãos - Notas policiais

04 julho 2010

perdeu o início? leia aqui.

Notas Policiais - Roberto

Sabe quando eu era apenas um garoto eu costumava sonhar em entrar para a polícia. Sonhava em fazer a diferença, ou algo assim. Depois de alguns anos eu consegui o que queria. Me tornei um policial, cheio de ideais. Claro que você já sabe que as coisas não saíram tão bem quanto eu imaginei que sairiam. Eu me tornei parte de uma minoria. um dos poucos policiais que lutavam por essa cidade, mas depois de muito tempo finalmente Deus mostrou que não nos abandonara. Justo quando eu percebia que minhas esperanças estavam se acabando.

Capítulo 7 - Cruzados

7.1 Boas Novas

Os dias estavam sendo muito conturbados na delegacia. O Comandante estava saindo da ativa e começando uma nova vida longe de toda essa sujeira. Corrupção, subornos, negócios não muito cristãos feitos por policiais, ou você acredita que a máfia é a única culpada por tudo de ruim que acontece nessa cidade? Quem dera que fosse assim.

Já tive algumas conversas com o chefe. Ele é uma boa pessoa. Certa vez ele me disse que gostaria de ter tido a coragem de ser igual a mim, eu respondi que ele precisaria ser muito burro para fazer uma coisa dessas, como resposta recebi apenas uma risada. Posso dizer que gosto dele e acredito que ele goste de mim, na verdade às vezes penso que o chefe era a única pessoa que me mantinha na polícia, ou mesmo o responsável por a máfia não ter dado um jeito qualquer em mim ainda.

Chego na delegacia e vou cumprimentando a todos, um monte de falsos que me apunhalariam na primeira oportunidade. Assim que sento em minha mesa o telefone toca. É o Comandante. Precisa falar comigo urgente. Boas notícias? Más notícias? Não sei, não acho que importe muito na verdade, afinal quando ele for embora minha permanência vai se tornar impossível. Como um rato em um ninho de cobras.

Bato na porta e entro, ele me dá um “bom dia” e me manda sentar, o que eu faço imediatamente. Várias coisas passavam pela minha cabeça, mas nada me prepararia para o que viria a seguir.

- Roberto. Certa vez você me disse que para eu ter tido a coragem que você teve de se manter íntegro em meio a todo esse mar de lama, eu precisaria ser muito burro.

Me mexi na cadeira e concordei com a cabeça, sinalizando que me lembrava. Ele continuou.

- Pois farei uma coisa agora que prova que você estava errado. Que você estava super estimando a minha inteligência.

- E o que seria isso chefe?

- Vou aprovar a sua proposta de criação de uma força especial para o combate ao crime organizado. Ela já foi muitas vezes negadas por...

Colocou os óculos e pegou o documento para poder ler.

- “Não ter finalidade, uma vez que o departamento de operações especiais já cumpre esse papel. Sendo desnecessário criar um organismo adicional para efetuar a mesma função.” Minha opinião, que tenho certeza é a mesma que a sua, é que isso não passa de uma desculpa. Acredito que já fechei os olhos por tempo demais e finalmente percebo que não terei outra oportunidade para tentar mudar as coisas.

Eu não sabia o que falar, jamais imaginaria isso. Eu sabia que o projeto seria a solução, mas sempre achei que nunca seria aprovado. Só me restava uma coisa a fazer.

- Muito obrigado chefe.

- Não se preocupe rapaz. Agora acho que você tem muito a fazer, afinal não acredito que você já tenha escolhido seus parceiros.

- Vou começar agora mesmo.

Me levantei imediatamente e me retirei da sala, havia muito a ser feito e finalmente eu poderia trabalhar como um policial de verdade.

7.2 Operações

No início acreditei que seria quase impossível reunir policiais honestos em número suficiente para formar o grupo que eu queria. Estava trabalhando o máximo que podia sem atrair atenção desnecessária. Foi difícil, até que eu entendi que se todas as maçãs do cesto estão podres eu deveria buscar uma maçã de fora do cesto.

Comecei a procurar pessoas de outras cidades e descobri alguns policiais dispostos a ajudar. Para completar procurei pessoas nas escolas de formação da polícia e encontrei muitos que foram diretamente transferidos para a força especial. Meu grupo estava formado e a guerra estava para ser declarada.

***

Tudo foi feito em total sigilo até o dia de nossa primeira operação real que foi muito bem escolhida aliás. Poderíamos ter procurado vários outros alvos maiores que pesariam mais no bolso da máfia, mas escolhemos um alvo simbólico. Um jogo de poker ilegal. Um dos mais antigos negócios da máfia e também um dos mais seguros. Certamente encontraríamos vários jogadores poderosos na cidade. Políticos, empresários, celebridades e sabe-se lá mais o que. Seria um jeito de mostrarmos que não pouparíamos ninguém que compactuasse com a máfia, lavaríamos a cidade de todos eles e essa noite seria apenas o princípio.

Pensando financeiramente não seria um golpe tão duro assim, pois o casino já gerava muito dinheiro. O objetivo da máfia com esses jogos era apenas atrair apostadores com dinheiro vindo de fontes duvidosas e ficar com uma parte do dinheiro sem que o governo tomasse nada para os impostos.

Éramos oito agentes. Dois estariam infiltrados e assim que a invasão ocorresse renderiam os seguranças. Mais três vigiariam as saídas para a garagem e a saída lateral, para que ninguém escapasse. Os três últimos seriam responsáveis pela invasão, usaríamos granadas de fumaça para causar um certo caos e tirar a visibilidade enquanto prendemos todos.

Chegamos ao local em duplas para não atrair atenção. Ficamos na espreita até que os infiltrados dessem o sinal. Eles enviariam uma mensagem de texto pelo celular. Uma mensagem em branco era o sinal para invadir, qualquer coisa diferente disso era um sinal para abortar.

Não demorou muito e tivemos o sinal para atacar. Precisaríamos ser rápidos para que os jogadores não fossem avidados e o local evacuado. O lugar ficava nos fundos de uma boate e isso facilitou nosso trabalho, já que pudemos atravessar todo o salão sem atrair atenção e ficar assim muito mais perto do alvo sem esforço.

Assim que chegamos encontramos um segurança na porta para avisar sobre qualquer movimentação estranha. Aplicamos golpes rápidos e o dominamos antes que ele esboçasse qualquer reação. Atrás da porta o barulho da música era bem menor e nós soubemos que o objetivo estava perto, atrás da porta no fim do corredor encontraríamos o jogo ilegal.

Demos nossos passos até a porta da maneira mais rápida e silenciosa que pudemos. Paramos um de cada lado e outro na frente da porta. eu a abri enquanto outro homem jogou a granada de fumaça para dentro. Fechei a porta e esperei enquanto meus homens lá dentro deveriam estar imobilizando os homens da máfia. Quando a fumaça baixasse entraríamos e estaria tudo resolvido.

Passado o tempo abrimos a porta e entramos na sala. Fichas, cartas e notas estavam espalhadas pelo local, várias autoridades sem saber o que acontecia. Os seguranças e o gerente da máfia estavam no chão desacordados. Tudo com o o planejado. Até que um dos presos encontrou a porta de saída e passou por ela.

Tínhamos homens do outro lado daquela porta, mas por instinto eu fui atrás dele. Quando alcancei o lado de fora o fugitivo já estava com a arma do policial apontada para ele e as mãos para cima. Quando ele se virou para mim eu pude ver quem era.

- Senador. O senhor está preso. Pode ter certeza que será lembrado que o senhor resistiu a prisão.

- Pode ter certeza que me lembrarei de quem me prendeu.

Sim ele estava com raiva e iria querer vingança. Isso nem mesmo me preocupava.

No dia seguinte a manchete nos jornais foi a seguinte: “Cruzados, grupo de elite da polícia, desmonta jogo ilegal da máfia. Vários políticos entre os presos.”

Sim isso era uma declaração de guerra. Agora o próximo passo era deles. Isso sim me preocupava, me preocupava até mais do que eu gostaria de admitir.

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[frase] caminho

Às vezes aonde se chega não é nem tão importante, mas sim o caminho que você percorreu para chegar até lá.

[frase] o tempo

03 julho 2010

como superar o insuperável? sempre nos perguntamos por que não podemos evitar o inevitável.
o tempo supera tudo.

[crônica] O Tempo está Correndo

Eu sou o cara que sempre quiz ter uma bana, mas nunca aprendeu a tocar nadda. O tempo vai passando e agente vai gastando ele com tantas coisas. Até que um dia agente percebe que o que realmente importava ficou para trás.

Tantas coisas que deixei de fazer para ter mais tempo para não fazer nada. Quantas habilidades úteis eu teria se tivesse focado no que era importante antes. Ainda vejo um longo caminho a minha frente, mas não sei se posso recuperar o que ficou para trás.

Às vezes as coisas se pertem nas areias do tmepo e você começa a perceber que recuperar o passado significa abdixar do futuro. Quantas habilidades diferentes ainda se apresentam a minha frente para serem aprendidas? Ou esquecidas quem sabe.

Ainda vejo tanto a fazer e tenho medo de ter que avandonar mais coisas. Como abandonei a banda. Imagino a tristeza de uma vida de oportunidades desperdiçadas. Aomenos agora estou fazendo algo que gosto, afinal escrever me parece importante. O que mais terei de deixar para trás por isso?

[crônica] reflexões

02 julho 2010

Sabe quando você está tão ocupado pensando em algo que nao há espeço para mais nada tomar lugar no palco principal de sua mente? Escrever pode ser uma boa forma de "colocar para fora". Conversar também, eu acho. Desabafar seria a palavra ideal. Desabafar com o papel. Desabafar com alguém.

Minha maior raiva é me sentir impotente. De mãos amarradas, atadas, presas. Encarar um problema sem solução imediata simples. Esperar? As pessoas hojeem dia não estão acostumadas a esperar o tempo passar. É frustantrante. É desgastante. Como um jogo, só que não é a sua vez de jogar.

Tempo despendido à toa. Pensando e percebendo, cada vez mais, que você é passageiro nesse carro. No fim percebo que, pelo menos para mim, só existe uma solução: tentar esquecer. Escrever pode ajudar. Desabafar com o papel. Para dizer a verdade acho até que já me sinto melhor.

[poesia] AGRADECIMENTOS

a felicidade mora em meu peito
é tempo de celebrar
tudo o que era promessas
se realizou
Deus pôs as coisas em seu lugar
já não há lágrimas
já não há choro
tudo em perfeita paz
é tempo de agradecer

[frase] saudade

30 junho 2010

saudade é um sentimento misterioso, nos leva a caminhos jamais conhecidos

[aviso]

29 junho 2010

Querido leitor, o nosso blog é mais que um simples diário é uma demonstração de sentimentos, é uma forma de compartilharmos com todos vocês nossa alma, nossos pensamentos!!!!!!!
Desde já grata mil beijos a todos nossos leitores senhora e senhor 100nick

[poesia] você

amanheceu,hoje sou mulher
tudo são flores
já não há espinhos em minha vida
a vida é bela
me encontrei em seus braços
nada para mim é obstáculo
você é meu porto seguro

[poesia] verdades

28 junho 2010

nessa grande caminhada
descobri o valor dos sentimentos
meu mundo era tão cinza
você me mostrou a luz
minha vida era tão vazia
com você aprendi a sorrir
você é a minha guia
você é a minha direção
você é quem me ilumina
com você conheci a imensidão

[poesia] 4 de abril

27 junho 2010

para que perder tempo se podemos ser felizes
todos os dias
para que esperar o amanhã
para sair em busca da felicidade
para que devemos nos preocupar com
o mundo externo sempre tão cruel
sei que a felicidade é valiosa
e conquista-la não

[poesia] caminhando em busca de mim

24 junho 2010

andando,nada mais tem o valor que tinha
pensando, o tempo transforma nossas emoções
querendo, a vida nem sempre nos leva aonde gostaríamos a ir
hoje estou aqui pensando em quem fui
lutando para ser
buscando por eu talvez desconhecido
ventos e mares transformaram meu ser
em algo desconhecido

[poesia] gritos

23 junho 2010

hoje é festa meu coração se
alegra
tudo em paz
o tempo é o melhor remédio
não me importa olhos aleios
tudo em mim é seguro
sou mais que menina
sou rainha aquela
que domina o mundo

[Conto] Irmãos - Felipe e Anna

20 junho 2010

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Capítulo 6 - Anna e Felipe

6.1 Novo Trabalho

Fui levado até o casino para conversar com o meu contato. Seu nome era Vinicius, era o traficante responsável pelas vendas dentro do casino e nos arredores.

Na verdade a máfia não traficava drogas, apenas aceitava dinheiro para deixar que fossem vendidas nas suas propriedades e territórios. Algum qualquer, como eu, ficava responsável por pegar a maleta e levar para outro empregado da máfia que iria separar o dinheiro, a maior parte iria ser gasta em pagamentos de propinas e a outra parte seria "lavada" e depositada em uma das várias contas da máfia.

Era muito pouco provável que esse negócio fosse ligado ao Don, já que mesmo que eu fosse preso não poderia incriminá-lo diretamente. Nem eu nem os traficantes tratamos diretamente com ele e no fim a conta em que ele era depositado não aparentava ter nada haver com Don Vito. Isso sem falar claro que o juiz que fosse julgar o caso já estaria previamente comprado, assim como o júri.

Ele me explicou tudo o que eu precisava saber, não que fosse grande coisa, na verdade era tudo bem simples: levar a maleta de um ponto ao outro. Não ser seguido, não ser morto como o último ocupante do cargo e o mais importante não perder a maleta. Realmente bem simples.

Antes de ir dei uma volta pelo casino apenas para manter o disfarce.Não que seja algo complicado de se fazer. É bem fácil, não preciso nem mesmo me policiar para isso. Tudo que preciso fazer é conversar, ser gentil, sorrir bastante, rir nas horas certas e fazer rir algumas vezes também, se esquivar de discussões, já que, até onde sei, isso não leva ninguém a nada, concordar sempre por mais errado que a pessoa esteja, afinal as pessoas não estavam ali para ter aulas de nada. Era tudo absurdamente simples. Sempre achei incrível que ninguém percebesse a minha vontade contida de matar todos aqueles criminosos, toda aquela escória da sociedade.

Estava quase indo embora quando a vi ali parada. Era Anna e estava linda. Fui até ela e a abracei, nos beijamos e dissemos "oi". Estava com ela finalmente, depois de toda aquela tensão na conversa com Johnny, depois de entrar para a máfia e assumir meu novo trabalho, eu estava com ela. Nada mais importava, queria sair daquele lugar e passar o resto da vida com ela e queria isso agora mesmo.

- A senhorita aceitaria jantar comigo?

- Seria um grande prazer.

E após dizer isso sorriu. Como seu sorriso era lindo. Sempre que o via sentia uma incontrolável vontade de abandonar minha missão, desistir de toda aquela loucura de entrar para a máfia e ter uma vida normal e feliz como qualquer outra pessoa, mas infelizmente não era isso que o Senhor pensava sobre o meu futuro e eu ainda precisaria enfrentar algumas tormentas antes de poder descansar. O caminho até Anna era longo, mas eu o percorreria passo por passo até o final.

Demos as mãos e nos dirigimos para a porta do casino. Quando estávamos prestes a passar pela porta eu vi Johnny se afastando tentando se esconder atrás das pessoas que circulavam pelo salão. Ele era realmente perigoso. Tenho certeza que estivera me seguindo, mas isso não era problema já que não havia feito nada de incomum, nada que ele pudesse desconfiar. Sinceramente não me importo mesmo que tenha visto, afinal eu estava com ela e nada mais importava.


6.2 Conversamos

Sabe quando você está com alguém que faz com que você deseje que o tempo não passe, mas por algum motivo os ponteiros relógio parecessem andar mais rápido? É assim que me sinto com Anna. Foi assim que passou aquela noite, quando eu me dei conta já era hora de terminar o jantar. Realmente isso é algo injusto.

Terminamos e fomos para a igreja. Eu iria apresentá-la a Ian. Nesse momento aconteceu algo inesperado:

- Tenho uma boa notícia que não te contei ainda.

- Então me conte, já estou curiosa.

- Consegui um trabalho, um trabalho excelente na verdade.

Ela sorriu e me abraçou.

- Sou o novo homem da maleta de Don Vito.

Nesse momento eu senti seus braços amolecerem e escorregarem pelo meu pescoço. Não pude ver, mas pude imaginar seu sorriso sumindo aos poucos enquanto processava a notícia. O que havia com ela?

Ela se afastou de mim e me encarou com uma expressão séria no rosto, em seus olhos eu podia ver medo, mas não pude saber de que. Estaria com medo de mim ou medo pelo que poderia acontecer comigo?

- Não Felipe. Não faça isso. Não se envolva com essa gente. É perigoso e errado.

Não sabia o que dizer, eu concordava com ela, mas tinha de esconder isso.

- Amor é uma grande oportunidade e eu não preciso fazer nada de mais, nada de errado.

- Mas um dia terá de fazer, um dia eu olharei para você e não conseguirei te ver, não da maneira que vejo hoje.

Eu começava a me preocupar ela repudiou a ideia mais do que eu poderia imaginar.

- Não vai ser assim amor, claro que não.

- Vai. Vai sim. Uma vez lá dentro não haverá volta.

Uma vez lá dentro não haveria mais máfia, isso era o que eu queria dizer a ela, mas não podia. Ela fez uma pausa e quando voltou a falar suas palavras foram as mais duras possíveis.

- Saia agora enquanto ainda temos a chance, diga que não quer mais ou nós não poderemos continuar juntos.

- Anna. Eu não posso fazer isso.

- Então você já fez sua escolha Felipe.

Assim que terminou essa frase ela se virou e saiu andando. Parecia triste, mas eu certamente estava muito mais.Não sabia o que fazer ou o que pensar, não consegui me mexer nem para ir atrás dela. Até que ela parou e falou antes de ir embora.

- Se um dia você conseguir sair. Eu ainda estarei esperando.

E foi embora, essas foram suas últimas palavras antes de me deixar lá parado, sozinho. Nesse momento começou a chover. Eu continuei em direção à igreja de Ian, ao menos na chuva ninguém pode ver minhas lágrimas enquanto eu caminhava.


6.3 Pensamentos

Nunca me foi permitido ser fraco.
Nunca me foi permitido errar.
Não que isso fosse mudar alguma coisa agora.
Nada disso realmente importa agora.
Estou cansado. Realmente cansado.
Não quero mais continuar essa caminhada. Não posso mais. Não sem ela.
Pela primeira vez eu repensei meu caminho.
Não sei o que fazer. Realmente não sei mais.
Nada disso realmente importa agora.
Tudo o que quero é descansar.
No final do meu caminho, de uma forma ou de outra, descansarei.

Depois do momento de dúvida consegui me recompor e segurar as lágrimas que insistiam em correr por meu rosto. Nesse momento eu rezei e disse assim ao Senhor:
Senhor.

Entrego meu caminho a ti. Que o senhor tudo faça, pois nesse momento sinto que já perdi toda a esperança. Me deixe ser o instrumento, a espada, se for isso mesmo que queira. Que o Senhor seja o meu caminho.

Amém.

Terminada a oração fiquei na igreja com Ian esperando uma resposta. Mal sabia eu que a resposta viria e seria mais dolorosa do que eu poderia pensar.

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LUTO

Morreu ontem José Saramago.

Usando uma frase de lost.

"See you in another life brother."

19 junho 2010

is2p

[poesia] inocência

hoje parei e pensei em tudo o que fiz
em tudo o deixei de fazer
se agi certo
quantas lágrimas derramei
se tudo foi um sonho
por que eu não acordei?
estava tudo tão perto, era tudo tão real
será que eu me perdi em meu faz de contas?
sei o tempo é real e sinto que hoje já não é tudo cor de rosa
o que era mais precioso em minha vida agora mora apenas
em minhas lembranças mais belas
minha inocência se foi


[poesia] amor eterno

18 junho 2010

quando estiver triste
serei seu alento
quando a dor vier
eu serei o remédio
quando quiser consolo
serei teu abraço
quando estiver sozinho
serei aquela que levará paz
ao seu coração
pois sou aquela que te ama
simplesmente por você existir

[frase] diferentes

17 junho 2010

o que posso fazer para ser diferente?todos nós somos diferentes por sermos únicos e diferentes

[poesia] eu sou assim

16 junho 2010

uma palavra diz tudo.........
para que persistir se não há volta
o caminho é único você haverá que fazer a sua escolha

[poesia] oceanos

15 junho 2010

a lágrima pode ter vários sabores
doce,amargo,seco,abundante
quem nunca chorou por alegria
aquele grito preso de felicidade
quem nunca chorou de raiva
vontade de mostrar ao mundo a sua verdadeira opinião
quem nunca chorou por amor
ou por amar aquele que não chora por você
eu choro, choro tanto que já perdi
a conta das horas
choro por você
choro por mim
choro o choro de quem ama

[poesia] onde estou?

14 junho 2010

amar nem sempre é fácil
nem sempre é bom
as vezes dói
as vezes é amargo
as vezes faz com que entremos em conflito
com nós mesmos

[poesia] aliança

13 junho 2010

fazer uma aliança é compartilhar, amar, perdoar, partilhar é
contribuir é somar é muito mais que apenas um anel é a prova de um sentimento inoxidavel

[Conto] Irmãos - O Homem da Maleta

12 junho 2010

perdeu o início? leia aqui.

Capítulo 5 - O Homem da Maleta

5.1 Carta

“Felipe,

a máfia está atrás de nós. Fique atento, não faça nenhuma besteira. Espere a poeira baixar.
Abraços do seu irmão. Roberto.”

Não acredito. Meu irmão me mandando recados preocupado com a máfia atrás de nós. Será que ele acha que eu não estou preparado para lidar com isso? Será que ele pensa que eu não previra a situação? Se eu estivesse certo a qualquer momento um enviado da máfia ira me chamar para me tornar o novo homem da maleta, mal sabendo eles que eu havia sido o algoz de último empregado. Tonny havia sido apenas um meio para conseguir o que eu queria, não gostava disso, mas essa era a verdade. O Senhor estava do meu lado e não me abandonaria agora.

Quando estivesse dentro da máfia conseguiria a confiança de quem fosse preciso e no fim tiraria do caminho Vito e Johnny. Esse seria um golpe muito grande para eles e nesse momento de fraqueza seria possível acabar com toda a organização. Eu iria destruí-la por dentro e eles nem sabiam o que estava por vir.

Eu era tão bom ator que conseguira chegar até aqui sem nenhum arranhão. Exceto pelo tiro de raspão que meu irmão me acertara algumas semanas atrás. Ninguém desconfiava, mas meu irmão me dizia via carta que corríamos perigo, que tipo de perigo? Eu não havia deixado nenhuma pista nenhum rastro. Terei de responder a carta. Pego uma caneta e escrevo o bilhete em resposta.

“R,

que tipo de perigo? Me encontre na igreja do nosso amigo em 3 dias.
Do seu irmão.
F.”

Isso iria servir, não era bom me encontrar tantas vezes com meu irmão policial, mas dessa vez se fazia realmente necessário e importante. O Senhor nos protegeria enquanto nos encontrássemos em Sua casa.

Estranho. Ninguém aparecera ainda, eu tinha de ir para um encontro com Anna ainda essa noite e nada. Provavelmente não poderia dizer a ela que era o mais novo empregado de Don Vito. Era uma pena ter de finjir para ela, mas por enquanto era necessário.

Nesse momento a campainha tocou. Eram eles eu sabia. Deus ainda estava do meu lado.

Abri a porta com minha melhor cara de indiferente.

- Bom dia. Senhor Felipe?

- Sim?

- Venha conosco. Alguém quer conversar com você.

- Certo. Vamos.

Adicionei um tom de insegurança em minha voz. Isso já seria o suficiente por hora. A partir de agora eu precisaria ter muito cuidado com cada gesto meu, cada palavra, cada expressão, até mesmo cada pensamento. Deus estaria comigo e nada sairia errado. Amém.

Tudo seria mais fácil ou mais difícil dependendo de quem tivesse sido enviado para me recrutar. Don Vito certamente não confiava em mim, então não seria ninguém burro. Viria alguém capaz de estudar o nível de confiança que poderiam depositar em mim. A pessoa que eu encontrasse mostraria as intenções do Don. Não creio que eles tenham a mínima idéia que eu seja o Templário, mas se a máfia mordeu a isca teriam várias intenções ocultas por de trás disso. Nunca me iludi que seria apenas por meu bom humor e carisma que eles me chamariam, mas a pessoa que eles enviassem me daria uma idéia do nível de preocupação que eu representava.

Quando chegamos ao local do encontro, um restaurante italiano, minha preocupação aumentou ao máximo. Precisei de muita força para esconder minha surpresa e preocupação e externar somente dúvida.

Na minha frente estava Johnny, o consigliere. O número dois. Se o Don lidasse melhor com pessoas do que ele certamente teria vindo em seu lugar. Ele era a pior pessoa possível que eu poderia esperar. Ele era perigoso, muito mais do que a maioria é capaz de imaginar. Sua leitura das pessoas associada com o raciocínio mais rápido que eu já tive o prazer de encontrar em uma pessoa faziam dele não só um grande oponente no poker, mas também um grande oponente na vida. Rezei para meu Senhor mais uma vez antes que ele iniciasse a conversa.


5.2 Conversamos

Ele fez um breve sinal para que os seguranças saíssem, o que não queria dizer que ele estava realmente despreocupado, apenas que era isso que ele queria demonstrar. Cada gesto seu era pensado e tinha uma segunda intenção escondida, o que não quer dizer que ele não seja completamente honesto em algum momento, quer dizer apenas que ninguém nunca viu isso acontecer.

Ele fez sinal para sentarmos olhou para mim e começou a falar:

- Faz idéia de porque está aqui?

Olhei para ele de volta e pensei em alguma resposta rápida. Dizer o que pensava ou dizer que não sabia de nada? Escolhi a segunda.

- Não. Não esperava acordar de manhã e ser tirado de casa pela máfia.

Sua expressão permaneceu inalterada. Não posso dizer nem se era essa a resposta que ele esperava, mas acredito que essa resposta desse a ele idéias de como conduzir a conversa.

- Dê algum palpite.

Não era uma pergunta ou mesmo um pedido. Então seu plano provavelmente era me forçar a falar muito mais do que ele. Me ouvindo falar ele tiraria as conclusões sobre o que viera investigar, que eu não sabia o que era. Tinha de ter mais cuidado ainda, afinal ele sabia o que queria achar, mas eu não tinha idéia do que deveria esconder. Decidi por arriscar a falar a metade da resposta certa.

- Algo relacionado ao cassino.

- E por que você acha isso?

A sua expressão era de curiosidade, mas eu duvidava que fosse realmente sobre minha opinião, estava curioso sobre algo que não perguntou, mas que talvez eu acabasse respondendo a ele nesse momento. Resolvi voltar à inocência:

- Eu estou sempre lá não é? Não tenho outro tipo de contato com a máfia.

Johnny balançou a cabeça concordando enquanto a sua expressão voltava à completa neutralidade do início de nossa conversa. Não tenho como ter certeza, mas acho ele conseguira algo com minha resposta e pela pergunta seguinte acreditei que não fora o suficiente.

- Você está certo Felipe, é sobre o cassino. Estamos precisando de alguém para o lugar deTonny e você se encaixa no perfil, sendo que parece ser mais esperto que ele, o que é bom. Aceitaria tomar o lugar dele?

O Senhor realmente estava do meu lado. Aparentemente ele queria saber o quão esperto eu era. Esperto o suficiente para não falar demais com o consigliere, mas quão esperto eu seria era o que ele realmente me perguntava agora. Era a pergunta escondida nas vírgulas da pergunta que ele me fizera diretamente. Precisava ser mais cuidadoso agora.

- Ah. Então foi pra isso que me trouxe aqui. Bom é claro que eu aceito.

Mantive a linha inocente e isso pareceu ser o correto já que ele passou para o segundo assunto, talvez o verdadeiro motivo de ter me oferecido o trabalho e certamente o assunto principal.

- Só tenho uma última pergunta. Sobre seu irmão. Ele é policial não é? Isso não seria um problema?

Ele gostaria que eu tivesse mencionado meu irmão por mim mesmo, assim ele poderia fazer mais perguntas despretensiosamente, então era meu irmão a principal preocupação deles.

- Não será problema nenhum, nós quase não temos contato e meu irmão não manda em mim. Tenho certeza que ele não se importará com minhas relações com a máfia.

Tenho certeza também que não era a resposta que ele esperava ouvir e que não faria mais perguntas. Não por acreditar no que eu disse, mas sim por saber que eu não revelaria mais nada naquele momento. Antes da conversa ele achava que eu e meu irmão escondíamos algo, agora depois da conversa que tivemos ele tinha certeza disso.

Ele deu um sorriso e me mandou ir.

- Muito bom então Felipe, fico feliz em ouvir isso. Você é o novo homem da maleta. Um dos rapazes acompanhará você até o cassino para você ver sua nova função. Infelizmente eu estou meio ocupado e não poderei fazer isso eu mesmo. Até mais rapaz.

Ele apertou minha mão e saiu. Fui logo atrás dele e fui levado ao cassino como ele havia dito. Não tinha certeza de quão bom havia sido o encontro. Estava seriamente preocupado com isso. Que Deus me ajudasse em minha caminhada. Durante o trajeto rezei por mim e por meu irmão e mais do que nunca rezava para não falhar.

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[poesia] amar?

11 junho 2010

sentimentos podem te levar ao céu
podem te levar as profundezas de um abismo
te fazem cometer loucuras
te levam a lugares desconhecidos
te dão vontade de gritar
te levam as lágrimas incontrolavéis
o mundo cai sobre a sua cabeça em um segundo
você vê pássaros verdes a todo momento
por que sentimos essa dor que machuca e encomoda
aquela vontade de mudar o mundo para defender quem amamos
eu queria que ele fosse inatingível
eu não queria ter essa revolução dentro do meu peito

[poesia] onde estou?

08 junho 2010

sonhos abandonados
princípios e vontades ignoradas
por que as vezes nos deixamos levar
por que as vezes minizamos nossas vontades
será que é certo nos deixarmos levar?
queria ser rígida
queria que minhas vontades valessem
queria não dizer sim
meus sonhos e desejos são apenas lembranças antigas
meus sonhos viram pó
eu não me reconheço
agora eu apenas me submeto aos seus desejos

[frase] sem título

06 junho 2010

títulos são banais perto de um sentimento real.....
não existem provas para um grande amor...

[poesia] IS2P

te encontrei
foi incrível
você me completa
você me transforma
você me encanta
você é meu amigo
você é meu irmão
você é meu tesouro
você é meu talismã

[frase] dias

05 junho 2010

dias frios meu coração longe de você
dias quentes meu coração quando ve você

[conto] Irmãos - Igreja (2)

04 junho 2010

perdeu o início? leia aqui.

Capítulo 4 - Igreja (2)

Um tempo depois do fim dessa estória eu encontrei com Johnny, o conselheiro de Don Vito. Conversamos bastante, não em um clima muito amistoso admito, mas ainda assim conversamos. A narrativa dele foi mais ou menos assim:


4.1 Consigliere

Cresci em um bairro pobre da cidade. Minha vida não foi nada fácil, minha mãe me criou sozinha. Meu pai foi morto em uma troca de tiros com a polícia quando eu era bem novo. Tive que aprender a me virar desde cedo ou seria devorado pelo sistema. Não podia deixar isso acontecer, não podia olhar para minha mãe e dizer que havia falhado, não aguentaria sustentar o olhar de tristeza dela.

No meu bairro se você quisesse ser alguém só havia um jeito. A Máfia e mesmo ela não era garantia de sucesso, afinal eu poderia morrer um peão qualquer, como meu pai. Me juntei ao grupo de Don Pepe e logo fiquei amigo do filho do chefe, o então adolescente Vito, mas nós dois sabíamos que seu pai um dia lhe passaria o cargo. As amizades são muito importantes em qualquer organização. Na máfia não é diferente, basta ser amigo das pessoas certas e quando ela subir você consegue subir junto se for esperto. Uma vez alguém me disse que puxar o saco do chefe é o corrimão para o sucesso. Não sei se isso é uma verdade para todos, mas certamente foi verdade para mim.

Foi como na bolsa de valores as ações do velho Pepe caíram e as do seu filho Vito foram às alturas, junto com as minhas claro. Ele nunca se iludiu a ponto de achar que tinha minha amizade apenas pelo que ele era como pessoa, mas também sempre soube que eu jamais o trairia. Afinal a máfia é uma família. Sendo mais enfático eu sou o braço direito e Vito é o cabeça, o braço direito dar um tiro na cabeça nada mais é do que suicídio. Eu sei que sou muito mais racional que a grande maioria que entra na máfia e Vito percebeu isso rapidamente. No fim eu virei seu conselheiro.

Na vida ou você sobe ou você desce, se tentar se acomodar alguém vai usar você de escada. Foi assim que cheguei ao cargo que estou hoje, pisando nos outros para subir e nunca sendo pisado. A vida nunca foi gentil comigo, por que eu seria gentil com alguém?

Templário. Templário. O que você pensa sobre ele? Certamente não a mesma coisa que eu. Ele será morto em algum momento por nós, é apenas uma pessoa e se fosse mais esperto não brincaria com Don Vito. Na verdade ninguém nunca chegou tão perto de deixá-lo fora de controle como esse cara.  Não imagino que ele tivesse tamanha coragem sem a máscara. Se eu fosse ele trataria ela com o máximo de carinho, afinal ela é a barreira que nos separa dele, é o único motivo dele ainda estar vivo.

Às vezes eu até penso que seria interessante que ele conseguisse seu objetivo. Eu certamente me safaria dessa e Don Vito também e então eu poderia levar uma vida normal para variar, sem precisar ficar subornando metade da cidade para que a família consiga realizar seus negócios. Minha única preocupação é se Vito aceitaria perde para um único homem. Um qualquer vindo de lugar nenhum estava matando sua família e ele não conseguia fazer nada, isso era uma ferida aberta em seu peito. Talvez se ele pressionar um pouco mais o Don. Sim Talvez.

Talvez templário. Apenas talvez.

***

Nunca pensei boa coisa de Johnny, mas sempre achei que fosse um rapaz esperto. Depois dessa conversa tive certeza que ele era muito mais inteligente do que eu imaginara a princípio, frio com certeza, mas definitivamente muito inteligente.

Não pude me conter e perguntei como meu irmão virara o homem da maleta de Don Vito. Devo dizer que me surpreendi com a resposta. A história dele foi mais ou menos assim.


4.2 Suposições

Se me lembro bem foi em um domingo. Eu acordei cedo e fui correr como em qualquer outro dia, porém aquele dia foi diferente. Assim que cheguei em casa um rapaz estava me esperando com um carro parado na porta da minha casa, certamente algo inesperado.

- O Don precisa falar com você.

- Certo. E eu preciso de um banho, me espere só mais alguns minutos.

O rapaz acenou com a cabeça concordando, não imaginei que ele fosse dizer algo em contrário, afinal eu era o consigliere, o número dois. Subi as escadas e fui direto para o banheiro tomei meu banho sem me apressar para atender aos caprichos de Vito, não poderia pensar em algo tão importante que não pudesse esperar um pouco mais, terminei o banho e desci. Assim que me aproximei o motorista abriu a porta do carro e eu entrei. Quando começamos a nos mover perguntei:

- Aonde estamos indo?

A resposta me pegou de surpresa.

- Estamos indo a igreja senhor.

O que ele queria comigo? Será que estava me levando para confessar meus pecados? Desculpe, nada contra, mas não estava pronto pra isso ainda. Eu não sabia o que Vito queria, mas isso não era assim tão importante. Logo eu descobriria.

Chegamos à igreja e a missa já havia acabado, o que queria dizer que o local estava vazio. Seria somente Vito e eu, provavelmente era algo importante. Templário imediatamente passou pela minha cabeça, mas o assunto em pauta certamente me surpreenderia. Mandei o motorista esperar lá fora e entrei. Meus passos ecoaram pelo lugar vazio até chegar aos ouvidos de Don Vito que não se virou para me encarar, mas chegou para o lado no banco em que estava, abrindo assim lugar para que eu me sentasse a seu lado. Assim que sentei ele já foi direto ao  assunto sem nem mesmo um "bom dia":

- Tonny está morto. Uma chance para adivinhar o assassino.

- Templário? Não faz o perfil dele.

-Sim e sim. Incômodo isso não?

Passou para minhas mãos a cruz encontrada na cena do crime. Não havia dúvidas que fora ele, mas Tonny não era seu tipo de alvo. Poderíamos encontrar alguém para substituí-lo com um estalar de dedos. Se colocássemos uma placa na porta formaria fila,não era uma peça importante no tabuleiro, era um peão e o Templário não estava atrás dos peões e isso era o que mais nos assustava. Nos assustava tanto quanto a sua recente mudança de atitude. Problemas. Sei que Vito tinha um plano, eu também tinha alguns, mas ele não me chamara aqui para planejar por ele e sim para ajuda-lo. Essa não era a hora de atrapalhar o Don com minhas idéias, seus planos já haviam sido traçados, ele queria minha opinião sobre eles. Queria saber se estava certo. Era o momento de ouvir o Don.

- Já tenho em mente o substituto de Tonny.

Isso não era importante agora, Vito deveria saber disso, mesmo assim esperei para que ele concluísse seu raciocínio.

- Quero Felipe como homem da maleta. Acho que você deve imaginar o motivo.

Poderia imaginar alguns.

- Você acha que o irmão do garoto é o justiceiro?

- Possível. Mesmo que não seja ele certamente é honesto, trazer o garoto para perto de nós seria um recado claro. Além disso ele deixou o templário escapar da última vez.

- Ou se livrou da máscara e fingiu que o havia perseguido até ali.

Vito pensou por um tempo e finalmente chegou ao ponto que queria desde o início.

- Também é possível, mas isso é você quem vai julgar consigliere. Quero que você contate o garoto e fique junto dele o máximo que puder. Se ele estiver escondendo algo você vai saber rápido e se não estiver... ao menos isso garantirá que o policial não vai deixar o assassino escapar da próxima vez.

- Certo é um bom plano. Ao menos vai converter o problema criado pelo Templário em oportunidade. Vou falar com o garoto agora mesmo.

Me levantei e sai andando pelo corredor. Até que Vito me chamou.

- Johnny. Já pensou na possibilidade do garoto ser o templário?

Não. Não havia pensado nisso. Ele frequentava bastante a igreja, mas isso não era prova de nada afinal éramos o que éramos e estávamos conversando em uma igreja não é?

- Nunca pensei nisso Vito. Ele é tão boa gente. Ele nunca me pareceu ter o perfil de assassino serial.

Sorri ao falar isso, mas Vito parecia estar realmente preocupado.

- Fique atento Johnny. Estou contando com você. É o melhor que conheço para ler as pessoas.

- Obrigado Vito. Não se preocupe se qualquer um dos dois irmãos for o assassino eu saberei e nós vamos pegar eles.

Disse isso, deixei o lugar e rumei direto para a casa de Felipe.

As palavras de Vito ficaram em minha mente por muito tempo. "Johnny. Já pensou na possibilidade do garoto ser o templário?" e sempre que me esforçava para me concentrar nisso eu ouvia minha resposta ecoar em minha mente, como se ainda estivesse naquela igreja, "Nunca pensei nisso Vito." E era verdade, eu NUNCA havia pensado sobre isso antes. NUNCA. Logo eu que sempre penso em tudo. Problemas.