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[conto] Mistérios na Cidade 2.4

19 fevereiro 2011

2.4 Lúcio fala

- Meu rapaz está vendo esse copo? - passou o braço em volta do pescoço de Tomas, colocou seu rosto ao lado do dele e levantou um poco cheio de vinho na frente do dois - Ele está repleto de coragem líquida. Eu imagino que você deve ter de sobra, mas um pouco a mais nunca é demais. Digo que se pudéssemos pegar a coragem nas mão e liquefazê-la obteriamos o que está dentro desse copo agora. Posso te dizer que não é suco de uva que tem aqui...

- Meio estranho isso. Achei que aí só tivesse vinho.

- Não é apenas isso rapaz. Olhe com mais atenção. - fez uma pausa para que Tomas olhasse o copo - É o soro da verdade. Devo dizer que, vamos colocar assim, de “cara limpa” eu não falaria isso que estou falando para você agora, mas com um pouco de coragem líquida eu consigo ver a verdade e dizer o que estou vendo.

Nesse momento ele colocou o copo na mesa e virou Tomas para o resto do bar.

- Olhe como o mundo é falso. Está vendo aquela mulher ali - e apontou discretamente - lindos seios não é? - Tomas balançou a cabeça - Quanto você acha que ela pagou por eles? Pagou para nos enganar, mas eu mostro a verdade para você. - apontou para outra mulher - Aquela maquiagem ali, outra enganação, mas nos falta coragem para não nos deixar iludir por esses truques.

Como argumento final ele voltou Tomas para a mesa e com uma voz o mais inocente possivel disse:

- Nossa Paula, nunca tinha percebido que seus olhos são azuis...

E deixou sua voz morrer no ar.

- Não são. - foi Tomas quem respondeu.

Paula deu um leve sorriso ao mesmo tempo que Tomas dava um gole no copo de vinho que Lúcio o oferecera.

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