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Especial dia do Amigo II - Resgate

19 julho 2011

Judas não havia voltado da patrulha. Não sabíamos o que havia acontecido ainda, não havia muitos rastros e os vestígios que foram encontrados ficavam confusos e se perdiam perto da vila inimiga, onde eles deveriam observar. A possibilidade de terem sido capturados era grande, mas não podíamos fazer nada enquanto não confirmássemos.


A confirmação veio alguns dias mais tarde. Junto com o retorno da segunda patrulha de busca. Eles haviam sido capturados, foram encontrados sinais de luta e alguns haviam sido arrastados. Provavelmente eram prisioneiros. Isso já era o suficiente para que nós enviássemos um grupo de resgate. Não podia ser apenas uma patrulha, mas seria difícil se infiltrar sem que fossemos vistos. Foi decidido que seria necessária uma distração.

Alguns poucos guerreiros seriam enviados para realizarem a infiltração e saírem com os nossos companheiros, enquanto isso o restante atacaria pesadamente a vila. Quando saíssemos, caso isso acontecesse, eles iriam proceder com a retirada ou dominar de uma vez nossos inimigos, isso claro se a batalha estivesse se encaminhando bem, o que na minha opinião era pouco provável.



Fui o primeiro voluntário para o grupo de resgate. Seríamos cinco e morreríamos tentando se fosse necessário. Nesse caso a batalha continuaria até que uma das partes encontrasse a derrota total.

Eu estava um pouco nervoso quando chegou o dia, mas era melhor assim, aumenta a atenção. Fomos separados do grupo principal, o de ataque, desde a saída, para que não pudéssemos ser vistos por espiões avançados. Prosseguimos calados e em um bom ritmo. Acabamos por chegar antes do grupo principal, o que era de se esperar uma vez que éramos bem menos. Ficamos esperando nossos amigos chegarem para podermos iniciar a operação.

Havia poucos guardas, já que entramos por um lado que não estava sendo atacado e eles estavam precisando de seus homens defendendo a entrada que estava prestes a cair. Mesmo assim ainda existiam alguns homens e nós os matamos um por um.

Éramos guerreiros experientes e por isso fizemos algo que não é padrão nessas operações, mas torna a busca muito mais eficaz. Nos separamos. A pior coisa de procurar separado de todos é que ninguém olha as suas costas e você fica incrivelmente vulnerável. O lado positivo é que fora os guardas para dar o alerta caso houvesse outro ataque, os quais nós matamos, não havia mais ninguém, ou seja, seria muito difícil sermos pegos pelas costas. Mesmo assim operávamos com a máxima cautela.

Estava ficando sem esperanças e o tempo marcado para o retorno ao ponto de encontro estava chegando. Já estava certo que não encontraria ninguém quando entrei na última casa e vi Judas sentado, aparentemente estava meditando.

Eu me aproximei e falei num sussurro para que somente ele me ouvisse. “Que bom que te encontrei.” Ele abriu os olhos imediatamente e sorriu. Levantou-se e me abraçou. Por fim falou suavemente em meu ouvido. “Fique tranquilo.” De repente eu senti algo perfurando meu peito e atingindo meu coração.

Dei vários passos para trás e o olhei surpreso. “O que foi? Não acredita? Sempre fui um espião. Desculpe, não é nada pessoal, acredito até que em uma situação diferente poderíamos até mesmo... ser amigos...”

Após falar isso ele avançou até mim e retirou a adaga que usara para me assassinar. Limpou o sangue da lâmina para ela não perdesse o fio. Não consegui mais me manter em pé e fui ao chão com um grande estrondo. Logo após meu amigo passou por mim e se foi.


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Amigo? Só se for da onça né? Espero ter surpreendido vocês, mas a dica estava claríssima no início... nunca confie em alguém que tem Judas até no nome...

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