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Curtas de Amor V

13 junho 2011

Custe o que Custar

Não era uma cidade muito grande, devia ter mais ruas do que gente, não era e nunca seria nada de impressionante. Nada que alguém fosse sentir falta se um louco resolvesse, assim do nada, matar todos os seus habitantes. Na verdade era exatamente isso que ele pretendia fazer agora.

Suas espadas Katana cortavam e mutilavam um por um. Todos os que cruzavam seu caminho iam sendo brutalmente assassinados. Havia muito choro e lamúrias, mas ele não se importava, afinal isso era importante e valeria a pena.

Os que tinham tempo de olhar em seus olhos viam mágoa dor e loucura. Não aparentava uma expressão de felicidade ou divertimento, típica de assassinos em série tomador por essa loucura inexplicável. Os que tinham tempo de olhar em seus olhos não tinham tempo suficiente de criar alguma curiosidade para perguntar o porque, tudo o que sentiam era medo e um tremor percorrer todo o corpo antes do golpe inevitável.

Em algum momento os policiais apareceram, mas não foram bem sucedidos nas tentativas de detê-lo. O assassino estava atento e parecia desviar das balas. Isso, somado com alguns truques de parkour, como andar pelas paredes, foi o suficiente para eliminar a insipiente polícia local.

Faltavam poucos, apenas os que estavam escondidos em suas casas, mas ele não se importava em procurar, um por um, até que não restasse ninguém se assim fosse necessário.

Ele entrou em uma das últimas casas e encontrou uma mãe abraçada aos filhos. Não sentia pena, ao menos não em algum local consciente de sua mente.

Monstro

Ela o chamou assim. Estava com uma expressão de ódio no rosto e ele sabia que ela lutaria por suas crianças até o fim de suas forças.

Não sou.” começou a falar ”Estou defendendo o que mais amo, acima de todas as outras coisas, acima de qualquer racionalidade. Nada que você não esteja fazendo agora. O amor sabe ser feroz quando necessário. A mulher que amo está morrendo. Um pedaço de mim pode deixar esse mundo a qualquer momento, mas antes que isso acontecesse me foi dada a oportunidade de salvá-la. Tudo o que preciso são almas, tantas quantas eu puder conseguir. Honestamente, não me importo de matar essa cidade inteira, não me importo de matar você e seus filhos a sangue frio. Tudo o que me importa é ela.”

Após seu discurso inflamado pela raiva fez-se silêncio e se podia ouvir o sangue escorrendo das espadas e pingando no chão. A mulher sentiu medo, muito mais do que antes.

Você só precisa de mais uma alma.

A voz ecoou de algum lugar. A mulher e seus filhos se encolheram ainda mais ao ouvi-la. Não sabiam o que era, mas não era nada de bom certamente.

E agora? Deixo duas crianças órfãs? Privo uma mãe de um de seus filhos? A escolha me parece simples.

Ele largou as Katanas sujas de sangue e pegou uma espada um pouco menor, mais própria para seu ato seguinte. Ele pegou a espada japonesa e a cravou em seu próprio coração para salvar a mulher que amava. 

***

A idéia era simples: Até aonde você iria para salvar a pessoa amada. A execução não foi tão boa, pretendia escrever algo menor (afinal são curtas), mas a história foi ficando maior e maior para que eu conseguisse chegar ao ponto que eu queria com um resultado minimamente satisfatório. Talvez eu faça algo a respeito desse conto um dia, mas por enquanto ele ficará como está.

então é isso obrigado aos que leram todos os contos espero que tenham gostado e agente vai pensando no que fazer ano que vem. ^^ Até ano que vem.

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