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Conto - Mistérios na Cidade 6.8

22 outubro 2011


6.8 A Tempo

A perplexidade foi se alastrando em ondas conforme as pessoas paravam de brigar e observavam Jota ser cada vez mais empurrado para fora do prédio. Do lado dos motoqueiros se via a agitação com a proximidade da vitória. Já os mercenários contratados por JP não esboçavam nenhum tipo de reação.

Alpha entendeu aquilo como apreensão. Se você pensar que eles são meros empregados fica fácil entender. Se o seu empregador morre atirado de um prédio quem vai pagar o seu salário? Eles provavelmente não tinham outro contato com os cashers, com isso surgia a dúvida, como iriam cobrar algo de uma gangue que aparentemente não existe?

Com ele fora de combate todo o cenário mudaria. Novamente os negociantes voltariam para o anonimato e poderiam preparar o próximo golpe com mais cuidado. Claro que alguns motoqueiros, se não todos, pensavam que JP era o líder supremo dos negociantes e por isso, para eles, vencer ali significava a vitória definitiva. Alpha achava que eles estavam sendo muito optimistas.

Claro que essa derrota poderia significar o fim das disputas, mas não significaria o fim dos cashers, afinal se eles existiam de verdade então o resto dos boatos também deveriam ser verdade e pelo que se dizia eles dominavam a cidade inteira com pessoas influentes em todos os ramos de negócios da sociedade. Dos mais honestos aos mais perigosos.

A disputa no topo do prédio já havia chamado a atenção de todos na rua. Todos parados olhando para o mesmo ponto. Jota estava cada vez mais sendo empurrado, por mais que resistisse. Era uma guerra de forças que o líder dos motoqueiros estava vencendo. O equilíbrio estava cada vez mais instável e agora ele mais se segurava no seu oponente do que o empurrava para longe. Faltava muito pouco para a queda.

Nesse momento os dois pararam e um monge gritou com a voz calma e sem emoção lá de baixo e essa pareceu ecoar para que todos ouvissem:

- Por que lutam meus amigos? O que poderia valer o sangue de outro ser humano em suas mãos?

Passada a tensão, finalmente Alpha se deu conta da tranquilidade que dominava o lugar. Aquele monge que surgiu do nada era Buda e ao lado dele estava Tomas. “Finalmente ele chegou” pensou Alpha “atrasado para salvar a vida de Paula, mas bem a tempo de poupar JP de uma queda curta, mas potencialmente dolorosa.”

- Vamos lá falar com ele.

Paula falou, Alpha assentiu e os dois foram andando pela rua que momentos antes era um campo de batalha .

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