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Conto - Mistérios na Cidade 6.9

29 outubro 2011

Esse é o fim do capítulo seis espero que tenham gostado. Vamos começar a fazer o lançamento do capítulo completo ao final de cada capítulo (e não ao fim de cada cinco capítulos), ou seja, semana que vem capítulo 6 inteiro. É isso por enquanto e até o capítulo 7 daqui a duas semanas (se eu falasse o que vai acontecer você não acreditaria).

6.9 Conversas

Quando chegaram perto o suficiente para ouvir, puderam escutar Buda falando.

- Fez bem em me chamar, mas infelizmente não irei mais interferir nas disputas de vocês. Terá de arranjar forças para resolver seus próprios problemas. O sofrimento está em todo lugar. Cabe a você saber lidar com ele.

Tomas não sabia o que falar. A inspiração dele em não ser agressivo estava dizendo que não o ajudaria mais. Isso levaria a algumas situações que não se podia prever no momento, mas que ficaram muito claras pouco tempo depois. Tomas estava surpreso.

- Mas pra onde você vai?

Ele falou para que somente Tomas ouvisse. O garoto balançou a cabeça mostrando que sabia onde era o local. Voltou a falar:

- Espero que saiba o momento certo de me procurar. Você vai saber cuidar de tudo até lá. Agora... tenho que ir.

Ele se foi, mas a guerra não recomeçou. Muitos já haviam ido embora e talvez nunca voltassem para as fileiras de suas gangues. Sentiram a paz dentro de si e não poderiam mais exercer a violência de uma maneira tão natural, como fizeram até aquela noite. Os que ficaram não conseguiram retomar a luta imediatamente, pois mesmo tendo fechado os corações para a paz, ainda sentiam a aura de Buda e por isso eram incapazes de deixar os pensamentos negativos tomarem forma e virem a tona.

Tomas se virou e viu os amigos olhando para ele.

- Desculpe pelo atraso. Parece que as coisas não foram assim tão fáceis hein...

Alpha não havia se olhado no espelho depois da luta, mas podia imaginar em que estado estaria seu rosto depois de apanhar tanto.

- Não foi nada. Você chegou. Isso que importa. Na verdade eu taria pior se o Lutador não me ajudasse.

- Ele veio de verdade. Onde ele tá agora?

- Aqui. Quando Buda chegou não consegui mais lutar. Nessa o tal do Puncher fugiu e eu vi para cá.

Os amigos se olharam e iriam agradecer, mas ele continuou.

- Me deixe ajudar vocês. Quero lutar contra esses caras. Quero acabar com todos eles.

Os três ficaram sem palavras. O cara mais forte da cidade estava pedindo para ajudar a gangue deles. Pedindo para ajudar a acabar com todos os que estavam causando o caos na cidade. Pedindo para ajudar a fazer o que eles não sabiam nem por onde começar.

Nesse ponto começou a ficar claro para Tomas o problema. Buda, aquele que encarnava todos os sentimentos não agressivos, se recusara a ajuda-los, enquanto o Lutador, a própria agressividade, praticamente implorava para se juntar à gangue. Isso poderia ser o início da mudança de todo o espírito dos Noturnos. Tomas começou a pensar em alguma coisa para falar, mas Alpha foi mais rápido que ele.

- Claro. Nós estávamos pensando na mesma coisa.

Na verdade Tomas não estava, mas agora não havia o que fazer.

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