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Contos - Mistério na Cidade 6.7

15 outubro 2011


6.7 A Guerra

O melhor que Alpha e Paula puderam fazer para evitar que fossem arrastados para o meio da batalha foi recuar um pouco de volta para a rua lateral pela qual saíram e se esconder em um canto escuro. Não acreditavam que isso poderia trazer muita proteção, mas teria de servir até que conseguissem sair do meio daquela loucura.

A luta era generalizada e tomava a rua inteira em uma confusão de sangue, motos e tiros. Um motoqueiro passava perto deles quando foi derrubado da moto quando alguém o acertou com um taco de basebol no peito. Ele caiu, mas a moto continuou andando e acabou por cair em cima do agressor que, pelo grito que soltou, fora queimado pelo cano de descarga da moto descontrolada. “Que ironia” pensou Alpha.

Não encontrava os líderes dos dois grupos, então deduziu que ainda estivessem dentro da boate. Ficou curioso para saber o que poderia ter acontecido, afinal quando saíra da boate a luta era bem menor, sendo restrita ao interior do edifício. Em algum momento entre a fuga e o retorno a rua fora tomada pela luta.

Alpha percebeu que a luta se tornou menos intensa perto deles e chamou Paula. Apontou a direção e sinalizou para irem. Ela também havia percebido a oportunidade e rapidamente concordou com a cabeça.

Começaram a se arrastar para fora de onde estavam escondidos e avançaram pela rua. Primeiro andando e cada vez mais rápido até estarem correndo. Tentavam não olhar para os lados enquanto se moviam, mas era impossível. Viam a violência da batalha bem perto deles. O perigo era grande e em um dado momento da corrida Alpha teve de segurar Paula pelo braço para fazê-la parar. A garota ficou sem entender até que um motoqueiro e sua motocicleta passaram desgovernados bem em frente a eles para se chocarem contra o muro mais à frente. Alpha chegou a pensar em fugir na moto, mas o choque foi muito violento e acabou danificando a máquina.

Continuaram correndo e já estavam quase saindo do campo de batalha quando Paula gritou e apontou:

- Olha.

Como a garota não se mexia Alpha parou para olhar. Quase não acreditou no que viu.

Jota estava a ponto de ser empurrado pelo líder dos motoqueiros do terraço da boate diretamente para o chão três andares abaixo. “Ele devia ter trancado aquela porta do terraço.” Pensou Alpha parando de correr.

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